Medo
S.T.A.R.S Home - 5º Dia
5º Dia
Já estava amanhecendo. Eram 5:30 da manhã quando Wesker acorda sem motivo aparente e senta-se na cama. Ele olha para a direita e vê Chris, que dormia profundamente, sem cobertores ou travesseiros, estava tudo no chão. Parecia que Chris havia tido uma noite em claro e passou a dormir apenas naquela hora.
O que eu mais queria em toda minha vida era uma oportunidade como essa para matar esse inútil do Chris e não posso fazê-lo.
Wesker levanta e vai até ao grande espelho que havia na parede do quarto. Ele arruma seu cabelo, penteando-o cuidadosamente para trás e colocando seus óculos escuros quando percebe que Chris mexia-se na cama. Chris acorda e a primeira imagem que tem é Wesker.
- Eu não acredito. Tive um pesadelo horrível, acordo e parece que o pesadelo continua.
- O quê? Você está querendo morrer, não é, Chris?
- E quem vai me matar, você? Você nunca consegue, Wesker! Eu sempre acabo com seus planos.
- Não tínhamos feito um trato ontem? Que você ficasse na sua que eu não te matava?
- O trato não foi esse. Foi que você calasse sua boca e não conversasse comigo enquanto estivéssemos aqui.
Chris bufa de raiva, olhando para o teto.
- Melhor irmos para o hall, as garotas já devem estar lá.
- Estranho o Blue King ainda não ter falado com a gente... - Wesker faz uma pausa. - Enfim...
Wesker rapidamente seguiu em direção a porta e girou a maçaneta com muita raiva.
- Mas...
A porta não abria. Wesker forçava e não conseguia.
- Está trancada.
- O quê? - Chris vai até a porta tentar abrir. Mas em vão.
- Se eu não consigo Chris, você não conseguiria nunca. - disse Wesker.
Chris olha para Wesker furioso, mas não podia dizer nada, Wesker estava certo.
* * *
- Ada? Já amanheceu... - disse Rebecca, sacudindo a jovem.
- Hein? Ah... - Ada abriu os olhos, olhando ao seu redor, mas seu ânimo e surpresa acabaram num segundo, ao perceber que ainda estava na mansão.
Rebecca sentou-se na cama, pensativa, fitando Ada.
- O que foi?
- Nada. É que toda manhã eu acordo pensando que estava tendo um pesadelo...
- Que pesadelo?
- O de estar nessa casa. Penso que ter comido carne humana, enfrentado aquelas criaturas esquisitas, ter uma voz me controlando foi um pesadelo. Então acordo feliz, achando que estou acordando no meu apartamento, sozinha, sem vozes eletrônicas para me controlar... - Ada fez uma pausa, encarando Rebecca. - Você entende?
- Entendo. - disse Rebecca, acenando positivamente com a cabeça.
Um silêncio reinou por alguns momentos no quarto, até Ada resolver puxar assunto novamente.
- Rebecca?
- Fala.
- Quem será o Blue King?
- Como assim?
- Será que ele é só um computador ou ele é uma pessoa por trás daquela voz?
Rebecca deu de ombros.
- Só sei que toda vez que ele começa a falar, eu sinto um frio na barriga e minha espinha se congela de medo. A gente nunca sabe o que ele está planejando.
- É verdade.
- Bom, acho melhor a gente sair daqui e se encontrar com o pessoal. - disse Rebecca, levantando-se.
Ada concordou, ajeitando a roupa amarrotada. Rebecca girou a maçaneta e franziu as sobrancelhas.
- Ei...
- O que foi? - disse Ada, já imaginando o pior.
- A porta não abre!
- O quê???
* * *
- A porta não abre!!! Ai, meu Deus! - disse Jill, forçando a maçaneta.
- Não, não!!! Chris!!!! - Claire gritou a plenos pulmões, choramingando.
- Calma, temos que manter a calma, isso deve ser mais um teste.
- Mas eu quero o meu irmão. Será que ele também está trancado?
- Com certeza, Claire. O pior é que ele está com o Wesker no quarto, e isso significa que... - Jill gesticulou os lábios de forma estranha.
- Que...?
- Que possivelmente só um sairá vivo de lá de dentro.
- Não! Não! - gritava Claire, desesperada. - Alô? Alô? Como é mesmo o nome dele, hein?
- Blue King... - disse Jill, tentando abrir a porta.
- Blue King! Estamos presas! O que está acontecendo?
Nada. A voz eletrônica estava calada desde a hora em que acordaram, o que era estranho, pois Blue King era como o toque de despertar deles.
- Responda! - gritou Claire, com lágrimas nos olhos.
- Não tem jeito. A porta não abre.
* * *
Chris suspirou, encostado na porta, olhando para o nada.
- O que esses idiotas estão planejando para nós?
Wesker não respondeu, estava apenas sentado na cama, debruçado nos joelhos.
- O que você acha? - Chris insistiu.
Nenhuma resposta.
Wesker dá de ombros, olhando para a porta, e em seguida, levantando-se.
- Ei, tem um bilhete embaixo de você, perto do seu pé.
Chris olha para baixo e vê o pequeno envelope cor de vinho, com o símbolo da Umbrella impresso.
- Deixa eu ver. - Chris vai abrindo o envelope:
Bom dia, participantes,
Hoje a prova que terão de cumprir será um pouco difícil, pois vocês não poderão sair dos quartos. Por essa razão, não será permitido que briguem, já que uma das regras desse jogo é a de que não devem se agredir fisicamente. Muita cautela e equilíbrio serão exigidos, e aquele que não cumprir a prova, terá um fim nada agradável.
Boa sorte.
- O QUÊ? Ficar aqui dentro? Nós dois? O dia todo? - disse Wesker.
Dessa vez, Chris foi quem não respondeu nada.
- Não é possível! Não! - gritou Wesker, socando a porta.
- Pois é. Vamos acabar enlouquecendo nessa casa.
- O que me enlouquece é ter a oportunidade de te matar e não poder, graças a uma regra idiota que aquela voz ridícula decretou. - disse Wesker, torcendo os lábios, de tanto ódio.
* * *
Chris suspirou, encostado na porta, olhando para o nada.
- O que esses idiotas estão planejando para nós?
Wesker não respondeu, estava apenas sentado na cama, debruçado nos joelhos.
- O que você acha? - Chris insistiu.
Nenhuma resposta.
Wesker dá de ombros, olhando para a porta, e em seguida, levantando-se.
- Ei, tem um bilhete embaixo de você, perto do seu pé.
Chris olha para baixo e vê o pequeno envelope cor de vinho, com o símbolo da Umbrella impresso.
- Deixa eu ver. - Chris vai abrindo o envelope:
Bom dia, participantes,
Hoje a prova que terão de cumprir será um pouco difícil, pois vocês não poderão sair dos quartos. Por essa razão, não será permitido que briguem, já que uma das regras desse jogo é a de que não devem se agredir fisicamente. Muita cautela e equilíbrio serão exigidos, e aquele que não cumprir a prova, terá um fim nada agradável.
Boa sorte.
- O QUÊ? Ficar aqui dentro? Nós dois? O dia todo? - disse Wesker.
Dessa vez, Chris foi quem não respondeu nada.
- Não é possível! Não! - gritou Wesker, socando a porta.
- Pois é. Vamos acabar enlouquecendo nessa casa.
- O que me enlouquece é ter a oportunidade de te matar e não poder, graças a uma regra idiota que aquela voz ridícula decretou. - disse Wesker, torcendo os lábios, de tanto ódio.
* * *
- Meu Deus! Então o Wesker e o Chris... - disse Claire, sem terminar a frase.
- Estão no mesmo quarto. É isso mesmo. - Jill completou, e sabia que estava tão preocupada quanto Claire.
- O que será que quiseram dizer com a frase "quem não cumprir a prova terá um fim nada agradável"?
- Certamente, aquele que arrombar a porta e sair acabará como Brad e Alfred.
- Ai, meu Deus!
* * *
- Eu preciso sair daqui... Eu preciso... - dizia Ada, deitada na cama, olhando para o teto.
- Melhor você se acalmar, pois ficaremos o dia todinho aqui.
Ada não respondeu, apenas suspirou e fechou os olhos.
- Vou revirar esse quarto para ver se acho alguma coisa pra fazer.
Rebecca começou a revirar as gavetas, até encontrar algo útil. Nada. Apenas papéis, e outras quinquilharias. Estava tão nervosa quanto Ada, mas não podia dar o braço a torcer para Blue King e quem mais fosse que estivesse envolvido nessa história toda.
Ada olhou para Rebecca e arregalou os olhos de repente.
- Cigarro? Me dá esse maço.
- Você fuma? - perguntou Rebecca, franzindo as sobrancelhas.
Ada acenou com a cabeça, pegando o maço das mãos de Rebecca.
- Obrigada. E você, não fuma?
- Não. Ainda mais porque eu sou enfermeira, acho que não combina muito com a minha profissão.
- Que seja! Só isso aqui para me acalmar. - disse Ada, procurando pelo quarto um isqueiro. Ela fazia a maior bagunça no quarto. Jogava tudo no chão, e depois Rebecca colocava no lugar.
- Acho que fumar não seria uma boa idéia...
- Achei! - grita Ada, logo acendendo o cigarro.
- Tudo bem. Teria como você fumar do lado de fora, na varanda, por exemplo?
- Desculpe, Rebecca, mas tem morcegos lá fora.
- Está de dia, eles não vão te encher o saco.
- Aqueles morcegos não ligam para o dia ou para a noite. Só querem te pegar...
Rebecca suspira pensativa, enquanto a fumaça passava pelo seu rosto.
- Você sabe o que um fumante passivo?
- Se eu sei o quê?
- É aquela pessoa que fica perto de pessoas que fumam, inalam essa fumaça horrível e é a mesma coisa de estarem fumando junto com elas! - grita Rebecca, alterada.
- Acalma-se Rebecca, você devia fumar também. - responde Ada, tranqüilamente.
Rebecca joga-se na cama com o travesseiro sobre a cabeça.
Ai, eu não vou agüentar essa... Ada!
Ada olha para Rebecca e sorri.
"Ela não conhece os prazeres da vida."
Ah, She's an eight ball, / She's a'rollin faster than a white wall, / She's got an avalanche packed into a snowball, / She's a losin all the links, / She's like a stonewall, / She's loaded up, / She's the underdog, / Gonna take a mighty swipe / At the high horse, / While'a sippin on her tricks / In a pitfall, / Makin eyes at the girls like bullfrogs, / I'm telling you, sir / (Chorus) She's comin' up from / Comin' up from, comin' up / Comin' up from behind / Yeah, / She's comin' up from / Comin' up from, comin' up / Comin' up from behind / You'd like her hanging / Like a sneaker on a live wire, dangling, / While your Wall Street pockets are jangling / With the hollow jackpot of your rich kid games, / It's a longshot, / She's got a troop and a tongue for a slingshot, / But she's takin' steady aim / At the bigshots, / It's hard to miss the rolling-polies / On the blacktop, / You better watch your turf, / She's comin' up from / Comin' up from, comin' up / Comin' up from behind / Yeah, / She's comin' up from / Comin' up from, comin' up / Comin' up from behind / You had her hanging / Like a sneaker on a live wire, dangling, / While your golden-lined pockets were jangling / With the hollow jackpot of your wretched games, / She caught your sick lie, / It's creepin in the shadow of your white smile, / Lurking underneath the cover of your bedroom eyes, / Well, you're greasin' up the lance for your small-fry, / You wanna talk it up, do you? / Well you're floatin like a royal balloon -- oh, / Your ego's swollen to the size of the moon, well, / I think you found somebody to cut you down to size. / Well well, / Yeah / She's comin' up from behind / She's comin' up from behind / Yeah / She's comin' up from behind / She's comin' up from behind... (Comin' up From Behind - Marcy Playground)
* * *
Chris puxa uma cadeira de uma pequena escrivaninha que havia no quarto e senta-se. Wesker estava na cama ao lado.
- Vamos estabelecer algumas regras por aqui, Wesker.
- Regras? Eu não sigo regras.
- Então porque não me matou ainda?
- Eu sigo as regras quando elas me beneficiam, ok?
- E você está confiante de que vai sair vivo daqui, não está, Wesker?
- Chris, pense comigo. Ninguém nessa mansão é forte como eu. - Wesker retira os óculos. - Você não tem força, mas eu confesso que é esperto, a Jill também. Quanto à Claire, pode ir se despedindo de sua irmãzinha, ela não vai durar muito aqui. Se por acaso sobrar eu, você e a Jill, eu vou ganhar. Com certeza. - disse Wesker, sorrindo.
- Pode ir sonhando, Wesker, os bons nem sempre vencem. Alfred acreditava que ele era o melhor, e morreu. Eu sinto que a mesma coisa vai acontecer com você. Se você morrer de algum modo, vou fazer questão de acabar com o pente de balas todo em cima de você. Só para garantir.
- Chris, Chris... Você ainda continua se iludindo? Eu posso enganar todos vocês e vocês nem irão perceber. Assim como eu fiz trabalhando para os S.T.A.R.S. Vocês acreditaram em mim...
Chris fica furioso de repente. Ele odiava lembrar de que fora enganado durante muito tempo. Chegou até uma vez a gostar da amizade de Wesker naqueles tempos. Odiava lembrar isso... odiava.
- Você vai se dar mal Wesker, cedo ou tarde...
- Isso são só palavras Chris, não fazem sentido algum.
- Nada faz sentido para você, porque você não é mais um humano! Não tem sentimentos! - grita Chris. levantando-se na cadeira e olhando para Wesker. Wesker levanta-se da cama e agarra o pescoço de Chris empurrando-o contra a parede.
- Eu tenho sentimentos sim Chris. Quer um exemplo? Eu sinto ódio por você!
Wesker estava tremendo de ódio e não gostava que dissessem que ele não era mais humano.
Ele estava sufocando Chris, este tentava se soltar, empurrando com as mãos os braços de Wesker, mas sem a mínima chance de conseguir.
- Se você... me matar... vai morrer... também. -disse Chris ofegante e quase sem voz.
Wesker lembra-se de Blue King e solta Chris que cai no chão, passando a mão pelo pescoço, que marcava os dedos de Wesker. Chris ainda não conseguia falar direito e ficou com uma dor de cabeça terrível. Wesker apenas saiu e foi para a varanda, acendendo um isqueiro, para nenhum morcego encher o saco. Aquelas grades o irritavam, sentia-se mais preso ainda. E ele não gostava de sentir-se preso.
* * *
Eram cinco horas da tarde, Jill e Claire estavam entediadas dentro do quarto.
- Claire, o Chris falava de mim durante o tempo em que trabalhávamos juntos?
- O Chris? Ele falava demais de você. Achava você demais, esperta, corajosa, bonita...
Jill arregala os olhos.
- Ele nunca falou nada pra mim enquanto trabalhávamos.
- Talvez ele não queira misturar trabalho com vida pessoal.
- Eu não sei, quando eu beijei ele...
- Você beijou o Chris? - pergunta Claire, surpresa.
- Bom... eu... - Jill ficou sem jeito de falar isso com a irmã dele.
- Não se preocupe Jill. Eu queria que vocês dois ficassem juntos. Vocês combinam. - disse Claire, ficando um pouco triste.
- O que foi, Claire?
- Eu ainda penso no que Blue King disse. Que apenas um saíra vivo dessa mansão.
- Não acredite Claire. Blue King não deve ter dito de verdade.
- Mas ele pareceu dizer, e já sabemos que ele pode matar qualquer um aqui a qualquer hora. Não quero pensar que terei que perder Chris ou ele perder a mim.
- Claire...
Jill abraça Claire, passando a mão em seus cabelos.
- Eu sei que você só tem o Chris. Não vou permitir que perca ele. - afirma Jill, confiante, e já escorrendo lágrimas de seus olhos.
Claire foi forte dessa vez. Não chorou. Apenas fechou seus olhos fortemente.
* * *
- Acho que já sei porque me colocaram neste quarto junto com você. Para eu enlouquecer! - grita Rebecca.
Rebecca já estava sem paciência. E não só por causa do cigarro. Por causa de tudo que já havia acontecido.
- Garota, eu não agüento mais você choramingando! -exclama Ada deitada na sua cama.
- Não me chame de Garota, eu tenho nome! É Rebecca!
- Não me interessa, você está me irritando já.
- Eu estou te irritando? Você que está me irritando! Eu quero que você morra! - exclama Rebecca, completamente alterada. Neste momento, houve-se um pequeno toque nas caixas de som do quarto. Algo como se um microfone acabasse de ser desligado. Ada e Rebecca estranham.
* * *
Já era oito e meia da noite. O silencia reinava no quarto de Chris e Wesker. Não conversaram desde o ataque de raiva de Wesker. E Chris também temia suas reações inesperadas. Mas ele resolveu arriscar.
- Mas o que você estava fazendo na Antártica afinal?
Wesker não responde.
- Lembra-se que prometemos que iríamos nos encontrar novamente? Eu me lembro.
- Você fala demais Chris. Alguém tem que calar essa sua boca.
- Você pode ser forte Wesker, mas seu ponto fraco sou eu. Você não me suporta. Isso pode atrapalhar as coisas. Como você sempre dizia: "Sentimentos só atrapalham nosso desempenho".
Wesker vira-se para Chris.
- Onde você quer chegar, Chris?
- Em lugar nenhum. Só que quero se lembre de uma coisa: Entre todos os sentimentos, o amor e o ódio são os mais difíceis. Você não se livra deles. Mas tem uma diferença neles.
Com o amor, você consegue sobreviver, conviver com ele. Não tem mais volta, mas isso te faz bem. Mas no ódio, você convive sim, mas se torna insuportável depois de um tempo. Pode até te deixar louco. Pior de todos é o ódio doentio. Você me odeia e vou usar isso em meu benefício.
- Então quer dizer que você não me odeia? Que ainda... gosta de mim? Ainda sou seu capitão com quem você aprendia tanta coisa? Que coisa bonita Chris. - disse Wesker, cinicamente.
- Eu não disse isso. Disse que seu ódio vai te atrapalhar, porque você não sabe controlá-lo. Não tem outros sentimentos a não ser esse.
Chris olha dentro dos olhos de Wesker.
- Você nunca irá me entender. Porque não é mais humano.
Wesker olha para Chris sem entender mesmo. "Ele não pode ser tão suicida assim. Está planejando alguma coisa".
- Você não passa de uma experiência de laboratório. -provoca Chris. -Uma cobaia. Como os ratos.
Wesker pega seus óculos no seu bolso e coloca-os lentamente. Chris percebe que Wesker começara a se irritar e afasta um pouco para trás, disfarçadamente. Wesker então começa a caminhar na direção de Chris. Este, já estava alerta para qualquer golpe surpresa.
- Chris... - disse Wesker. - Eu não sei de onde...
Quando Wesker começa a dizer a frase, foi então interrompido por um pequeno barulho vindo do teto. Eles olham para cima e vêem uma pequena abertura na parede, que se abria fazendo um barulho eletrônico. A abertura estava sob as camas de cada um dos participantes, assim como Ada, Rebecca, Jill e Claire. De repente, cai uma arma em cima das camas. Logo depois, a abertura se fecha não deixando nem um sinal na parede. Jamais poderiam encontrar aquele lugar de novo. "Uma magnum?" -pensam todos ao mesmo tempo. Chris olha para Wesker e diz:
- Mudança de planos...
Então, escutam a voz de Blue King: - Boa sorte!
- Boa sorte pra que? - disse Jill no outro quarto.
- Eu acho que essas armas servem para matar o colega de quarto que falou demais durante o dia todo. - disse Wesker, sorrindo sarcasticamente. O sangue de Chris gela.
De repente, a porta de todo os quartos é arrombada. O que faz todos se assustarem. Eles olham para fora temerosos. O que havia feito aquela porta ser arrombada? Então eles vêem...
- Meu Deus! - exclama Rebecca.
Dois daqueles monstros, os Lickers, aparecem no alto da porta, entrando diretamente para os quartos.
- Agora acho que sei para que servem as armas! Atire agora Claire! - alerta Jill pulando sobre a cama e pegando a arma. Claire já estava com a arma na mão, então, atirou no monstro que estava acima de Jill. O monstro morreu com dois tiros, as únicas duas balas de cada arma. Jill pegou sua magnum e sem erros, atirou no licker. Ele solta um grito de morte. Jill e Claire entreolham-se, respirando fundo.
* * *
- Faça alguma coisa Wesker. Os lickers estão sob nossas armas!
- E se você estivesse sozinho?
- Droga, eu mesmo cuido disso. - disse Chris, furioso.
- Essa eu quero ver. - disse Wesker.
Chris anda lentamente pelos cantos da parede até chegar do outro lado do quarto. Onde parecia que o licker sob a arma estava mais fácil de pegar. O licker viu a presença de Chris e avançou para cima dele, mas Chris abaixou-se e pulou para a cama enquanto o licker subia pela parede. Chris pegou a magnum e mirou bem na cabeça, fazendo-a explodir. O outro licker joga sua nojenta língua para cima de Wesker, mas ele agarra a língua do monstro arracando-a de sua boca. O monstro grita e salta para cima dele quando Wesker abaixa-se e pega a arma na cama. Então ele atira na cabeça do licker.
Chris joga a arma no chão e olha para Wesker. Wesker revida o olhar como se pudesse matá-lo com aqueles olhos. Logo depois, Chris vai ao encontro de sua irmã.
* * *
- Vamos Rebecca, atire no licker! Ele está sob minha arma!
Rebecca estava do outro lado do quarto e apavorada. Não sabia se atirava no monstro sob a arma ou se atirava no que estava perto de Ada.
- Becca, atire no que está sob a arma rápido! - gritava Ada, olhando para o licker em cima dela.
- Eu... Eu...
- Atire! - grita Ada.
Rebecca finalmente atirou no licker sob a arma, mas estava tão apavorada que errou um tiro. O monstro então sai de cima da arma, mas não estava morto e sim com muita raiva.
- Droga! - exclama Ada.
Ada sai rapidamente de onde estava no mesmo segundo em que o licker acima dela, solta-se do teto, caindo no chão. Ada pega a arma na cama e atira no licker que já estava no chão. Ele finalmente morre. Mas agora havia só um tiro para matar o outro.
- Vamos, Ada! Mais perto! Na cabeça! - dizia Ada para si mesmo.
Ada deu mais um passo para a frente e antes que o monstro salta-se para cima dela, ela atirou mirando na cabeça do monstro.
- NÃÃÃOOOOO!!!
A arma que Ada havia apenas uma bala. O barulho do gatilho sendo apertado chamou mais a atenção do monstro, este, lançou sua língua contra a cabeça de Ada, puxando para perto de si. Na mesma hora, o licker enfia suas garras dentro do estomago de Ada, puxando para cima e arrancando sua pele. O sangue escorre pela boca de Ada e ela morre em segundos, com os olhos abertos. O licker solta retira sua garras e olha para Rebecca, ela estava apavorada e enjoada com o que havia visto. Ela então, gritou. Os outros S.T.A.R.S. e Wesker correram para ver o que estava acontecendo. Eles viram Ada morta no chão e o licker pronto para avançar neles. Wesker arranca o pé de uma mesa que estava no corredor e rapidamente enfia no licker, que já estava no ar, saltando sobre eles. O monstro cai no chão e Wesker esmaga sua cabeça como um mísero zumbi.
* * *
Depois, surge a voz de Blue King:
- Meus parabéns. Todos vocês passaram no teste de hoje. Os lickers foram apenas para finalizar a prova. Agora estão livres. Bom, apenas livres para sair do quarto, porque da mansão... - Blue King sorri.
- O que! Ada esta morta você não viu - gritou Claire ao lado do corpo de Ada. Ela logo cobriu com um lençol.
- Eu também não sou mau. Realizei um pedido de Rebecca.
- Do que você está falando, Blue King? Eu não pedi que ela morresse! - indaga Rebecca assustada.
- Você não pediu, mas desejou. Lembra-se? E resolvi realizar seu desejo. Apenas uma bala e Ada não existe mais.
- Não! Eu não queria ter dito aquilo!
Rebecca agora vai sofrer para sempre. Arrependimento. Essa palavra ela não vai esquecer, mesmo seus amigos dizendo que não fora sua culpa.
Tenha bons sonhos, se puder...
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