Segundo policiais, o rapaz chora bastante, enquanto a namorada, em estado de choque, não esboçava reações, parecia "fora da realidade".
A estudante foi levada por uma policial ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul, onde recebeu medicamentos para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. De acordo com relatos de investigadores, o caso também sensibilizou médicos responsáveis pelo exame de corpo de delito.
O casal reconheceu os dois primeiros suspeitos a serem presos. Jonathan, que confessou o estupro, ainda usava a mesma roupa da noite do crime: uma camisa do Internacional.
O estudante conversou com os pais pelo telefone, já a namorada não teve condições emocionais de falar com os pais. Segundo os policiais, ela pediu apenas para falar com o irmão mais velho, que ficou responsável por dar as más notícias à família. Mesmo em meio ao sofrimento, os jovens não deixavam de demonstrar carinho um pelo outro.
"Eles demonstravam um carinho tão grande. Agora, você imagina uma estudante passar um terror desse por 6 horas. E ela é tão frágil, tem 21 anos mas aparentava ter 14. No sábado, ninguém comeu nessa delegacia, quem estava de folga veio trabalhar, até o delegado assistente que ia tirar férias veio", contou uma policial, que mesmo experiente, não deixa de se emocionar: "As pessoas, às vezes, acham que policial não é ser humano, mas nós sentimos. Eu nunca vi nada parecido", disse.
A ausência de arrependimento por parte dos suspeitos também chamou a atenção do titular da Deat, Alexandre Braga, que considerou o fato incomum. "É um ponto fora da curva, algo que não costuma acontecer no Rio de Janeiro. Foi algo abominável, mas não é rotineiro. É importante que se saliente isso", frisou o delegado