Adriano da Silva, o "Monstro de Passo Fundo"
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Adriano da Silva, o "Monstro de Passo Fundo"


Monstro de Passo Fundo

Olá amigos e amigas, hoje o blog Noite volta a abrir espaço para um texto que fala de assassinatos em série e necrofilia. O criminoso de hoje é o paranaense Adriano da Silva, apontado como o assassino de 12 meninos com idades entre 8 a 13 anos. Os crimes ocorreram entre 2002 e 2003, em cidades do interior do Rio Grande do Sul, quando Silva tinha 25 anos. Ele ficou conhecido como o “serial killer de Passo Fundo” pois a maior parte das mortes aconteceu nessa cidade.

Crimes cometidos pelo monstro

No dia 16 de agosto de 2002, em Lagoa Vermelha, o menino de 12 anos, Éderson Leite, saiu de casa para vender rifas da escolinha de futebol e nunca mais retornou. Seu corpo foi encontrado três semanas depois do crime, no interior do município. Na primeira confissão em depoimento à polícia, Adriano disse ter levado Éderson a um lugar ermo, com a promessa de comprar uma rifa; chegando lá, aplicou um golpe na traqueias do menino para que desmaiasse e posteriormente o asfixiou com um cinto.

Monstro de Passo Fundo

Em 09 de março de 2003, na cidade gaúcha de Passo Fundo, o menino de 13 anos, Alessandro Silveira, engraxate, cujo ponto onde trabalhava era a praça Tamandaré. Alessandro teria a infelicidade de ter conhecido Adriano, que o levou à uma área deserta, no bairro Petrópolis, onde foi estrangulado e violentado. Sua ossada foi encontrada no dia 20 de setembro de 2003, sendo reconhecido pelas roupas e calçados que usava quando sumiu.

Em Soledade, no dia 19 de abril de 2003, o menino Douglas de Oliveira Hass, 10 anos, foi atraído por Adriano até um moinho abandonado, onde foi morto por asfixia mecânica. Em depoimento, Adriano confessou que transportou o corpo de Douglas em um carrinho de mão até uma casa em construção, onde fazia bico como pedreiro, enterrou o corpo sob a churrasqueira e cobriu com cimento. A ossada de Douglas só foi encontrada pela polícia após a confissão de Adriano.

Volnei Siqueira dos Santos, 12 anos, desapareceu em 09 de julho de 2003, em Passo Fundo. Vendedor de rapadura na região do bairro Nossa Senhora Aparecida, há contradição no depoimento de Adriano: Primeiro, o monstros de Passo Fundo confessou o crime e disse ter violentado o cadáver do menino; depois, voltou atrás e confessou somente a violência sexual. Sete adolescentes foram presos, confessaram o crime, ficaram 45 dias detidos e foram soltos após revelarem que confessaram sob pressão policial. O DNA de Adriano foi encontrado em resíduos de sêmen colhidos nas roupas de Volnei, cujo corpo foi encontrado cinco dias depois do crime, em um mato da Vila Jardim.

O pequeno índígena, Júnior Reis Loureiro, 10 anos, costumava ser visto vendendo artesanato em um posto de combustíveis localizado às margens da ERS-153, na saída de Ernestina. No dia 14 de setembro de 2003, em Passo Fundo, conheceu Adriano, que prometeu vender os cestos para o menino. Adriano caminhou com a vítima por cerca de 500 metros até uma rua deserta, onde o asfixiou e matou. Adriano disse à polícia que pensou em violentar o cadáver, mas teve nojo do cheiro do menino, cujo corpo foi encontrado no dia 22 do mesmo mês.

Dia 29 de setembro de 2003, novamente em Passo Fundo, o desaparecimento do menino de 11 anos, Jéferson Borges Silveira foi mais um caso emblemático, pois, um representante comercial de 48 anos chegou a ser preso pelo crime. Posteriormente Adriano assumiu o crime, mas voltou atrás e afirmou que só tinha mantido relações sexuais com o cadáver, que foi encontrado no dia 03 de outubro, em um mato da perimetral, sendo morto por estrangulamento.

Em 02 de outubro de 2003, em Passo Fundo, Luciano Rodrigues, 9 anos, que participava de programas sociais da Secretaria de Cidadania e Assistência Social e fora abordado por Adriano em uma dessas atividade, na Vila Xangrilá. Com a promessa de dinheiro, o menino seguiu Adriano por mais de 2 km, sendo assassinado em um antigo campo do quartel, no bairro Nossa Senhora Aparecida. A ossada da jovem vitima foi encontrada em 29 de novembro.

No dia 31 de outubro de 2003, Passo Fundo, Leonardo Dornelles dos Santos, de 8 anos, morador da Vila Santa Marta, costumava frequentar um fliperama, e foi justamente nesse local que Leonardo conheceu Adriano, que passou a tarde pagando fichas de jogos para alguns meninos. Atraído pelo criminoso até um mato, foi asfixiado e morto. Os restos mortais do menino foram encontrados no dia 17 de dezembro do mesmo ano.

Em Sananduva, no dia 03 de janeiro de 2004, Daniel Bernardi Lourenço, de 14 anos, era vendedor de picolés e foi atraído por Adriano com uma encomenda de R$ 29,00 em sorvetes para uma suposta festa. Chegando ao local combinado, foi espancado e violentado sexualmente. Seu corpo foi localizado no dia seguinte ao crime, o que deflagrou uma caçada ao então foragido Adriano, que foi preso três dias depois, escondido em um matagal em Maximiliano de Almeida. A perícia comprovou, dias depois, que o sêmen encontrado nas roupas de Daniel era de Adriano.

Condenação anterior

Adriano já havia sido condenado por latrocínio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver no Paraná onde cumpria pena de 27 anos pela morte de um taxista. Adriano cumpriu apenas seis meses da pena, tendo conseguido fugir da prisão. Chegou a ser preso novamente, pela polícia gaúcha, durante investigações dos crimes dos meninos, mas foi solto por falta de provas nas acusações dos assassinatos, embora fosse um foragido procurado pela polícia paranaense. Desde, então, vagou pelo interior do Rio Grande do Sul sob nomes falsos e vivendo de bicos.

Confissão e detalhes dos crime

Adriano revelou à polícia detalhes a respeito da mortes dos meninos. Sem demonstrar qualquer emoção, disse como imobilizava suas vítimas e que só abusava sexualmente deles depois de mortos. Nunca levava nada das crianças.

Monstro de Passo Fundo

Usava luvas e lenço para não deixar impressões digitais e disse que sentia uma “vontade íntima, um vício de matar”. O curioso é que, nos últimos meses, ele foi detido três vezes: uma por furto, outra por portar uma faca e uma terceira vez quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele. A polícia nunca desconfiou estar diante de um foragido. Adriano disse ter perdido seus documentos, se identificou como Gabriel (nome de seu irmão). Em liberdade, Adriano matou mais uma vez e foi novamente preso com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.

Antes, a série de assassinatos era tratada como fatos isolados; dez meses se passaram, com um total de 14 meninos assassinados ou desaparecidos na região e a insistência da polícia de que não havia ligação entre os casos. Adriano assumiu 12 dos quatorze assassinatos, mas em uma entrevista concedida em 2010 ele voltou atrás e disse que cometeu "apenas" 8 dos 12 assassinatos. Dos crimes que Adriano confessou, alguns já haviam sido considerados esclarecidos pela polícia.

Modus Operandi

Só atacava meninos de origem humilde, encontrados nas ruas, sempre utilizando a mesma técnica: atraía os meninos até locais desertos, onde os nocauteava os garotos a base de chutes, socos e cotoveladas, e os estrangulava com pedaços de corda. Em alguns casos, manteve relações sexuais com o cadáver da vítima, deixando no corpo dos meninos a prova que a polícia precisava para prendê-lo: seu próprio DNA.

Monstro de Passo Fundo

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Condenação e prisão

Até 2011 Adriano havia sido julgado e condenado pelo assassinato de 9 dos 12 meninos. Os casos foram julgados separadamente e já somam 250 anos de pena para o acusado. Atualmente Adriano da Silva cumpre pena na Penitenciária gaúcha de Charqueadas.

Monstro de Passo Fundo

Fontes: Face Obscura, ClicRbs e O Perverso Mundo dos Serial Killers

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