Medo

Você Deve Merecer o que Pedir a Deus - Part.3

Eu não podia acreditar em como isso era possível, estava completamente confuso e perdido, sem a menor ideia do que deveria fazer. Apenas me abaixei, peguei o facão e fiquei encarando a mim mesmo.

O outro eu grita irritado: ''Oque? Não vai falar nada seu impostor?''

''O único impostor aqui é você!''- Afirmo ainda confuso.

''Eu? Impostor? Agora esta querendo jogar minhas afirmações contra mim?''- Fala ainda mais irritado.

''Então prove que eu sou um impostor!''- O desafio achando que ele não poderia fazer nada.

''Tudo bem, Você trocou de lugar comigo quando eu ainda estava dormindo na sala, me jogou em um quarto escuro sozinho...''- O interrompo irritado- ''Como você pode provar isso em? Isso não são provas de nada!''

''Então como você aparenta saber tudo que vai acontecer? Como deter oque ira vir a frente em? Não adianta dizer que você supos tudo apenas lendo as paginas que veio a encontrar, pois ninguém alem de você as intendeu, por que somente você deveria entende-las? Você é apenas um demônio que quer levar essa almas para o final disso tudo para apenas comer sozinho todas de uma vez!!''- Gritou o outro eu.

Olho para trás e percebo que todos estão começando a se questionarem e a achar lógica no que o meu outro eu falava. Então sorriu e falou: ''Como você sabe de tudo isso? Você não estava trancado em um quarto escuro esse tempo todo?''
''Eu estava vendo tudo naquele quarto, você é tão cheio de si seu demônio maldito, que nem ao menos pensou que eu poderia escapar de lá e lhe desmascarar!''- Afirmou gaguejando.

Corro sorrindo em sua direção e o apunha-lo na barriga com o facão de pedra. Assustado fala: ''Como você pode fazer isso com você mesmo?''

''Você não sou eu, e além disso... Você já me encheu o saco!!''- Afirmo completamente irritado.

Logo apos eu terminar de falar ele ficou falando repetidamente: ''Como você pode?'', cada vez com uma voz ainda mais distorcida. Irritado, cravo ainda mais o facão em sua barriga. Ele começa a tremer de uma forma muito anormal, sua pele ficava cada vez mais escura até ficar completamente negra, ele abre sua boca de uma forma descomunal, era como se sua mandíbula inferior estivesse quebrada e olhando para mim, grita de uma forma tão assustadora que mais parecia um rugido de uma besta enorme.

As luzes se apagam, acordo no chão da escadaria que estava logo abaixo junto com todos os outros, mas dessa vez fui o último a acordar, achei que estivesse sonhando, desisti dessa ideia quando vi o facão que estava em minha mãos, olhei para os lados e percebi que o corredor, que antes haveria sumido, estava novamente em seu lugar, ao meu lado esta mais um corredor que era igual ao primeiro e que as escadas chegavam ao teto, ou seja, não iria mais para o terceiro piso, nessa hora não iria mais para lugar nenhum.

Pergunto o que havia acontecido, todos afirmam ter acordado naquele local logo após o rugido daquela besta e me mostram uma página na qual a mesma me deixou ainda mais irritado, e estava escrito nela: ''Depois do término com sucesso de uma fase é liberada outra passagem'', naquele momento deixei de lado tudo que estava me perturbando e fui consumido pelo ódio, apenas queria matar o desgraçado que havia nos colocado ali.

Eu estava ainda mais preocupado, pois tive a impressão de que seja lá o que estivesse no comando daquilo tudo, nos tinha em suas mãos, poderia nos matar na hora que quisesse apenas estaria brincando com todos nós. Deixando isso de lado, chamei todos para continuarmos, percebo que alguns ainda estão muito desconfiados, não é atoa, tudo que aquela besta havia falado teria sua lógica, eu também estaria suspeitando de mim se eu estivesse no lugar deles.

Um garoto ruivo fala: ''Eu não vou!''

''Porque? Você gostou desse lugar?''- Pergunto sarcasticamente, eu já havia passado do meu limite de calma.

''Não confio em você! Tudo que o outro falou faz sentido!''- Respondeu relutantemente.

''Mas você viu no que ele se transformou depois de eu o ter acertado, ele não era humano!''- Afirmo tentando convencê-lo.

''Mas se você é um demônio seria algo muito fácil criar ilusões como aquela!!''- Continuou relutante.

''Olha aqui, essa é a única passagem, e se não quiser ir sinta-se a vontade para ficar aqui e morrer!''- Falei irritado.

O garoto parou de insistir e entramos no corredor, avisei a todos para ficarem atentos pois não tinha encontrado nenhuma pista do que poderia estar nos aguardando naquele local. Foi um grande espanto quando passamos, em cada uma das salas estava um corpo completamente estraçalhado de uma pessoa sem cabeça totalizando oito salas, como havia sumido dez alunos e encontramos no caminho com dois, logo deduzimos que aqueles seriam os outros que teriam sumido, fora isso passamos tranquilamente até chegarmos a uma outra escadaria que levaria ao primeiro piso, mas nela se encontravam duas páginas, na primeira estava escrito: ''Por causa de alguns mortos egoístas que possuem suas cabeças, um ser vivo disposto a ajudar não pode viver!'', e do lado dessa página estava um buraco com um encaixe perfeito para pôr uma cabeça.

Na segunda estava escrito: ''<<< Easy Mode | Hard Mode >>>'', entendi logo que estaria dizendo que se nós descêssemos as escadas seria mais difícil. Fiquei pensando na primeira página, ligando a mensagem com o buraco na parede estava obviamente falando para eu colocar a cabeça de um morto, mas todos que estavam mortos perderam suas cabeças, pesei mais um pouco e lembrei que o professor que estava na primeira sala ainda estava com a sua cabeça, olhei para o corredor anterior e pude ver várias sombras se esgueirando pelas portas dos quartos. Eu teria que voltar para a sala onde o corpo de Luiz estava.

Falei que iria sozinho afinal ali eles deveriam estar mais seguros e não havia necessidade de todos nós irmos, mas Mustafar falou que iria comigo, mostrei a ele as sombras que estavam nos aguardando e mesmo assim ele quis ir. Decidimos ir juntos, no momento em que pisamos no corredor todas as luzes se apagaram e voltaram mais fracas, mas a da escadaria permaneceu acesa, todas as sombras vinham em nossa direção, corremos feito loucos com aqueles seres quase que literalmente em nossos pés, passamos pelo corredor passamos pela escadaria no segundo corredor eu quase fui pego por uma sombra, mas Mustafar me ajudou a fugir, em fim, chegamos a sala onde o corpo de Luiz estava e por algum motivo as sombra haviam sumido por completo e as luzes teriam voltado ao normal.

Chegando lá tive a leve sensação de que todos os detalhes estavam interligados, pois a cabeça de Luiz estava abaixada em um angulo perfeito para poder decepar a sua cabeça. Eu já estava no meu limite, apenas queria sair de lá o mais rápido que eu pudesse, então rapidamente decepei a cabeça de Luiz e pedi desculpas pelo meu ato.

Nesse instante as paredes e o chão começaram a rachar, e a cair em um abismo escuro, peguei a cabeça de Luiz e corremos para o corredor, chegando no segundo corredor o chão que estava caindo, estava quase nos alcançando e a saída do corredor que levava para a primeira escadaria estava se fechando. Mustafar se aproximou de min e disse sorrindo: ''Você estava certo na sua contagem!''

''Que contagem?''- Perguntei ofegante.

''Somente existia 40 alunos na sua sala!''- Termina de falar me emburrando para eu poder passar pela brecha que já estava se fechando. Mas o chão e as paredes ainda estavam rachando, tentei correr pelo corredor após a escadaria, mas já era tarde cai no abismo.

Acordo no corredor após a escadaria, mas estava completamente iluminado e os quarto estavam tão escuros que parecia existir um abismo em cada um deles. Tento passar por uma porta mas reapareço no mesmo corredor passando pela porta anterior a da porta que eu teria entrado. Fico perdido, não há saída daquele lugar.

Estava se esperanças, mas escuto uma voz de uma criança que perguntava com tom de choro: ''Ei você... Pode me tirar daqui? Eu quero minha mãe... Onde eu estou?'', ao olhar vejo eu mesmo quando tinha 4 anos de idade vestindo um pijama de ursinho, que eu sempre usava para dormir nessa idade, fiquei em choque, eu sabia por algum motivo que aquele era eu mesmo no passado e não uma besta como da última vez. Escuto atrás de mim um barulho de um corpo caindo, quando olho sou eu completamente ensaguentado e com uma expressão de pânico repetindo incessantemente: ''Eu falhei! Todos morreram por minha causa, só porque eu queria viver! Eu só queria viver, e agora todos estão mortos'', fiquei assutado...

Ouço passos saindo da porta do fim do corredor e de lá saiu novamente eu, mas estava um pouco pálido e os olhos brilhavam. Perguntei assustado: ''Quem é você?'' E com uma voz baixa, mas possível entender. E como se estivesse falada diretamente dentro de minha cabeça, respondeu: ''Quem eu sou? Eu sou Deus... E como você chegou aqui seu idiota?'' - Diz gargalhando debochadamente.

Continua...

Part. 01
Part. 02

Gostaram? Comentem... Última parte baseada na dica da Anna (Lugar onde tempo e espaço não existem e que futuro e passado se encontram)... Ate a próxima \o/ ~Luan

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