Segundo muitos sites, trata-se de um vídeo sinistro, nunca lançado oficialmente. Nele aparece o Mickey Mouse, personagem mais famoso das indústrias de Walt Disney.
Alguns sites gostam de frisar que o próprio Walt Disney foi ocultista, e sofria de depressão. Eu me lembrei de ter lido em algum lugar que Disney carregava uma grande culpa por sentir responsável pela morte da mãe. Isso teria inclusive contribuído para que ele tirasse a figura materna da ampla maioria dos seus personagens.
De volta ao vídeo, que supostamente seria uma versão digitalizada de um filme que teria sido feito na fase ocultista de Walt, vemos Mickey andando cabisbaixo, com uma cara depressiva, passando em looping por 6 prédios, enquanto toca uma música sinistra no piano. Pelo som da musica podemos supor que é uma gravação de um piano real, num ambiente confinado, como uma sala qualquer. Pode ser que o piano esteja sendo tocado enquanto rola a projeção em loop na parede. Isso me levou a crer que talvez o loop do Mickey não fosse exatamente sobre o personagem, mas sim uma condição repetitiva de conduzir a um transe. Me perguntei se Walt não estaria registrando uma tentativa de contato entre ele e sua mãe morta.
Inúmeros experimentos místicos são baseados na amortização da consciência. Monges usam a respiração cadenciada e o mantra. Certas praticas ocultistas do século XIX usam uma chama bruxuleante de uma vela, e os experimentos usando aparelhos de televisão em feedback contínuo com uma câmera apontada para a tela jogando o sinal para a TV é usada por pesquisadores para obterem o que se chama de trans comunicação instrumental. Basicamente o que muitos alegam é que este tipo de atividade repetitiva seria capaz de gerar um tipo de portão de comunicação entre mundos. Muitas pessoas alegam terem visto pessoas mortas nos aparelhos de tv exibindo loops infinitos.
Imediatamente quando notei o piano e a cena em loop pensei se não estaria vendo o registro de um experimento ocultista do século XX. Segundo os dados que eu levantei, o vídeo original tem 9:04. Essa versão é sem o final.
Subitamente, o som fica chiado e, aos 1:49, a tela fica preta. Quando volta, aos 2:40, o som muda pra choro, murmúrios e gritos desesperados. O vídeo começa a ficar distorcido. Aos 4:40 o som começa a ficar com uma voz grossa e tem coisas que parecem estarem passando atrás da imagem.
Depois, aos 5:15, o choro se transforma em grito de dor. Cores aparecem, o filme fica com um fundo obscuro. 6:18. O Mickey Mouse fica sem o rosto. Volta uma música estranha, diferente da do início.
O fim desse vídeo é desconhecido. Segundo o relato da descrição, duas pessoas estavam assistindo o vídeo, mas Leonard Maltin não aguentou e saiu, deixando um funcionário pra fazer anotações de tudo, até o último segundo. O cara teria saído da sala, dito 7 vezes “o verdadeiro sofrimento não é conhecido”, então ele teria tirado a arma de um segurança e se matado.
No final tem um trecho de um texto em russo, onde se lê:
“As visões do inferno conduzem os telespectadores para ele”.
Não se sabe como ou devido a quem este vídeo teria vazado de dentro dos arquivos da Disney Company. Uma pessoa conseguiu uma cópia do material que Leonard Maltin e seu subordinado estavam registrando em mídia digital e enviou para um site de arquivos on line. Daí a coisa lentamente se espalhou. Há indícios de um e-mail de Leonard Maltin questionando uma pessoa se ela teria informações sobre o vídeo. Isso levou à suposição de que a Disney estaria usando todo seu poder e influência para obter e deletar esses vídeos na net.
Isso tudo sem falar que há indícios que de que Walt Disney desejava que Mickey se suicidasse, pois tirinhas de jornais onde o Mickey começou teriam histórias em que o ratinho briga com a Minnie e logo após tenta o suicídio.
Veja:
Agora desafio você a assistir o vídeo em alto e bom som até o fim (sozinho e à noite de preferência):
Se há algo de interessante mesmo neste vídeo, é que ele foi feito deliberadamente para incutir medo nas pessoas. Vídeos de medo fazem grande sucesso na internet, perdendo apenas para os eróticos e os de humor. O vídeo do Suicide Mouse tem a seu favor o planejamento.
A idéia de usar o Mickey mouse foi boa. Ele é conhecido, ele é famoso por ser bem humorado e feliz. Ver o personagem triste, é algo que pode chocar num primeiro momento. Mas há outro aspecto aí.
Há alguns anos uma lenda urbana fala sobre um vídeo que Walt Disney teria preparado e guardado em segredo para que apenas os executivos da empresa pudessem ver. O vídeo em questão deveria ser exibido apenas após a morte de Walt e acompanhava instruções de como gerir a companhia.
Geralmente, o vídeo é acompanhado de avisos e ameaças de que a pessoa não deve ver o vídeo sob nenhuma hipótese. Isso causa justamente o oposto. O aviso inicial opera na fabricação do medo, pois ao longo da vida a pessoa se acostuma a ouvir, ler e assistir relatos de que a desobediência conduz a finais catastróficos. 90% dos contos infantis são baseados nesta premissa. Logo, avisar para não assistir o vídeo tem um poder muito grande de interferência na percepção e na fabricação do medo nas pessoas.
Como podemos ver, o vídeo é construído inteiramente em cima de um loop de animação que realmente parece antiga. Mas não é só o vídeo que parece ser um loop contínuo. Os sons dos gritos também são loops. Esse tipo de som pode ser obtido em bibliotecas de efeitos sonoros, usados por estúdios de cinema e dublagem.
Ao que me parece, existem um punhado de pequenos efeitos de distorção que são filtros matemáticos relativamente simples, que foram aplicados na “fase demoníaca do vídeo”. Há também um trecho onde foi usado algum tipo de chroma key, um processo em que uma faixa de cor é eliminada, produzindo um buraco, onde se pode ver atrás do filme principal uma série de filmagens. Não tenho certeza, mas me parece que são tripas, ou cadáveres. Talvez de porcos mortos ou o interior de um açougue. Creio que o objetivo do chroma seria criar a sensação de que ali era uma visão do inferno.
A musica anacrônica tocada no piano, e o loop contínuo do vídeo conduzem para uma real experiência de desconforto do observador. Isso é algo que se conhece desde os primórdios da Psicologia e durante décadas foi (e ainda é) usado para afetar a mente de presos de guerra e torturados. A repetição cansa a mente, enquanto a “musica” que parece não ter “lé com cré” estabelece uma série de arritmias na percepção musical. O desconforto leva muitas pessoas a abandonarem a experiência, o que reforçaria a história fictícia de que Leonard Maltin não suportou e saiu da sala.
Como é um período longo, as pessoas passam a se lembrar da história que acompanha o vídeo. O título de Suicide Mouse conduz para uma ideia de suicídio, o desconforto vai gradualmente chegando ao clímax e isso acontece quando surge o ruído. O ruído é conhecido como ruído branco. Ele basicamente poderia ser definido como “nada” mas tem um papel importante aqui. Ele corta a ligação da musica com o vídeo, conduzindo a percepção a uma dissociação do loop de vídeo com o som. Essa separação provoca uma sensação de que “falta alguma coisa”.
Quando o ruído some e a imagem vai junto, só resta uma tela preta. A tela preta pode ser a representação da morte. Do fim. Mas ainda há um (engenhoso) som de fundo, que nos informa que a coisa não deu defeito, nem acabou.
A pessoa é impelida a esperar. No escuro. Sem som. Esperar que algo aconteça, algo surja na tela a qualquer momento. Esta ação foi planejada para construir uma antecipação, que vai crescendo gradualmente na mente de quem vê.
O vídeo fica preto com o som fraco que lembra um eletrônico qualquer, (geladeira ar condicionado, computador ligado) durante longos seis minutos. Eu não achei nenhum vídeo que realmente tivesse seis minutos de tela preta, mas a maioria diz que o vídeo “original” tinha. Mas é possível que o vídeo “original” nunca tenha existido de fato.
Quando o vídeo volta, há uma série de estalos, cadenciados, e um gemido assustador. Então surge o grito de mulher, em loop e começam a distorções, inicialmente no fundo do vídeo, depois no Mickey que aparece sem o rosto e enfim em todo o vídeo. Daí salta para o que seria o “inferno”. Ao fim temos um close do Mickey sem o rosto, onde não se pode ver seus olhos (Uma referência à ausência da alma?) e temos uma tela preta com inscrições em russo. O vídeo termina assim, tão estranhamente quanto começa.
Originalmente este material teria surgido na seção sobrenatural do fórum 4chan. Tudo indica que o vídeo foi feito de propósito para assustar e alguém criou a história para aumentar o medo. Daí para o youtube e redes sociais foi um pulo.
Podemos observar que o vídeo do suicide mouse é similar em alguns aspecto ao vídeo do Mereana Mordegard Glesgorv, em que você fica olhando fixamente para o sorriso bizarro de um sujeito. As similaridades são:
A história envolve reações bizarras de quem assistiu o vídeo todo. No Mereana o cara arranca os olhos e envia para a Microsoft pelo correio. Neste aqui o cara pega a arma do segurança e dá um tiro na cabeça. Há referências a grandes empresas. Disney no Suicide Mouse e Microsoft (ou Google em certas versões) do Moreana Glesgorv.
Os efeitos sonoros são a base de todo o medo em ambos. A razão do espalhamento do vídeo se baseia em alegações de que pessoas sentiram estranhas sensações vendo os vídeos (efeito da sugestão simples). Ameaças de que a pessoa não deve ver o vídeo sob nenhuma hipótese.
Referências ao inferno. Neste vídeo há um aviso em russo no fim que diz que “As visões do inferno conduzem os telespectadores para ele”. No Mereana a tela fica vermelha, sugerindo o fogo.
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