Medo
Mulheres que Matam VI: A Condessa Elizabeth Bathory
A Condessa De Sangue
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Foram encontrados textos que diziam com todas as letras que a condessa matava garotinhas porque gostava de se banhar no sangue de moças virgens para manter a sua juventude. |
A Condessa Elizabeth Bathory (Erzsebet Báthory, do original), foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassam a fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue. Elizabeth Bathory, a mulher que passou a ser conhecida como a "Condessa de sangue", nasceu na nobreza húngara em 1560. Diz-se que sofreu acessos e explosões de fúria - talvez até mesmo de epilepsia. Desde pequena, ela testemunhou os oficiais de seu pai torturarem os camponeses que viviam perto da propriedade rural de sua família. A maior parte das análises históricas da condessa inclui a jovem Elizabeth como testemunha de um ladrão sendo capturado e costurado dentro do abdômen de um cavalo moribundo e deixado ali para morrer.
Esse relato ressalta dois aspectos principais que podem ter influenciado Bathory: a exposição à incrível violência e a atitude condescendente de sua família em relação a isso. Relatos descrevem sua predileção por infligir dor a outros e afirmam que ela agiu com cúmplices. Um pode ter sido seu marido, Ferencz Nadasdy, e outros eram membros de sua corte.
Vários nobres de sangue azul derramaram muito sangue vermelho ao longo da história, mas a Condessa Elizabeth foi uma das únicas mulheres da realeza a se tornar serial killer. A húngara foi acusada de torturar e matar 80 garotas, com a ajuda de quatro pessoas. Mas testemunhas afirmaram que 650 cabeças de jovens donzelas rolaram por causa da condessa.
Elizabeth nunca foi sequer julgada. Mas, em 1610, a condessa foi submetida a uma espécie de “prisão domiciliar” em um castelo na Eslováquia. E ficou lá até morrer, quatro anos mais tarde.
A Condessa Elizabeth Bathory
Nadasdy se casou com Bathory quando ela tinha 15 anos e como soldado ele passava a maior parte do tempo longe de casa. Alguns pesquisadores acreditam que Nadasdy pode ter ensinado a sua esposa novos métodos de tortura. Outros pesquisadores, no entanto, acreditam que ele ignorava suas ações. O consenso é que Bathory praticou a maior parte dos crimes na ausência do marido
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Cena do filme "A Condessa De Sangue" |
Bathory tinha uma predileção por torturar meninas jovens - os historiadores pressupõem que ela era bissexual. Os atos que a condessa praticou variavam de enfiar agulhas através dos lábios ou unhas de seus criados a deixar suas vítimas nuas na neve, ensopando-as com água e deixando-as congelar até a morte. Uma criada foi espancada por Bathory por roubar uma pêra. A garota foi espancada durante horas e finalmente apunhalada até a morte com uma tesoura.
Os atos de Bathory têm a peculiaridade de engendrar um híbrido de verdade e lenda. Talvez a mais notória lenda a respeito de Bathory é que ela se banhava no sangue de suas vítimas. Inevitavelmente, isso levou a rumores de que a condessa era uma vampira. Essa lenda foi publicada pela primeira vez em 1720 por um sacerdote húngaro que entrevistou camponeses locais e leu depoimentos dos julgamentos de cúmplices de Bathory. Segundo boatos, ela alegava usar sangue para manter a pele jovem, pois queria permanecer bonita para seu marido.
Os testemunhos oficiais dos assassinatos de Elizabeth Bathory, ainda existentes nos arquivos húngaros, são tão passíveis de questionamento quanto de condenação. No fim de 1610, um primo de Elizabeth liderou um ataque ao castelo de Bathory. No interior, já havia vítimas mortas e outras encarceradas, supostamente aguardando a morte. Os cúmplices de Bathory foram presos e levados a julgamento - ela nunca foi. Esses testemunhos ainda subsistem.
Essas provas são questionáveis porque é provável que tenham sido coletadas a partir de tortura infligida nos próprios cúmplices de Bathory. Mas o fato de ainda haver processos relativos aos assassinatos de Bathory confere algum crédito às histórias envolvendo a condessa. De acordo com os testemunhos, o número 650 foi estabelecido com base em sua própria contagem das vítimas. Uma testemunha afirmou que Bathory mantinha um registro de seus crimes.
Nenhuma dessas evidências levou Bathory a um julgamento. Em vez disso, ela foi emparedada em seu quarto, com um espaço suficiente apenas para passagem de ar e comida. Ela passou os quatro anos restantes de sua vida lá, até que foi encontrada morta em 1614. Sua vida sanguinária, seja exagerada ou baseada em fatos, chegou a um fim - e Bathory virou lenda.
Desde o príncipio
Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.
Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimento da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.
Quando adulta, Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser "vampira" por morder e dilacerar a carne de suas criadas. Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Bathory a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente.
Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.
Nos primeiros dez anos, Elizabeth e Ferenc não tiveram filhos pela constante ausência do Conde. Por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes, deu à luz a Ursula e Katherina. Em 1598, nasceu o seu primeiro filho, Paul. A julgar pelas cartas que escreveu aos parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender; visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses.
Um dos divertimentos que Elizabeth cultivava durante a ausência do conde, era visitar a sua tia Klara Bathory. Bissexual assumida e muito rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas raparigas disponíveis para ambas "brincarem".
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Enfim, velha! |
Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.
Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.
As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Bathory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.
Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade.
Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.
Fontes: How stuff works
A Condessa Elisabeth Bathory
Filme "A condessa de sangue" completo no youtube
http://www.youtube.com/watch?v=k1ircSprqsc
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