Monte Uluru: O monólito do azar
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Monte Uluru: O monólito do azar



O monte Uluru, também conhecido como Ayers Rock ou The Rock, é um monólito situado no norte da área central da Austrália, no Parque Nacional de Uluru-Kata Tjuta, perto da pequena cidade de Yulara. É o segundo maior monólito do mundo, com mais de 318 m de altura e 8 km de circunferência. Também se estende em 2,5 km de profundidade no solo. Foi descrito pelo explorador Ernst Giles em 1872 como "o seixo notável."

Uluru é notável pela sua qualidade de coloração variável de iluminação diversa que ocorre em diferentes horas do dia e do ano, apresentando ao pôr-do-sol uma visão particularmente notável. É feito de arenito impregnado de minerais como feldspato o que causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.


O monte sagrado dos Aborígines

O grande monólito é sagrado aos aborígenes e tem inúmeras fendas, cisternas (poços com água), cavernas rochosas e pinturas antigas. Ayers Rock era o nome dado a ela por colonos europeus, em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers. Uluru é sua denominação aborígene, e desde os anos oitenta foi o nome oficialmente escolhido, embora muitas pessoas, especialmente os não-australianos, ainda chamem de Ayers Rock.


Uluru é adjacente a um assentamento aborígene e a cidade turística de Yulara (cerca de 3000 habitantes). Não está longe de Kata Tjuta (também chamada de Olgas). Foram construídas áreas de observação especiais com acesso pela estrada e amplo estacionamento para dar aos turistas as melhores condições de visão do local tanto ao amanhecer quanto no crepúsculo.


O desaparecimento de Azaria Chamberlain

Em 1980 ocorreu o desaparecimento do bebê Azaria Chamberlain enquanto ela e os pais acampavam perto de Uluru. A mãe, Lindy Chamberlain, informou que Azaria tinha sido levada por um dingo (espécie de cachorro selvagem do deserto australiano), mas depois de grande pressão da população que não acreditava na versão dos pais, teve início o julgamento do casal, naquele que foi o julgamento mais famoso da história australiana, originando até mesmo um filme "A Cry in the Dark" estrelado pela atriz Meryl Streep.



Lindy foi condenada a prisão perpétua pelo suposto assassinato da filha e o pai foi condenado como cúmplice. No dia 12 de junho de 2012, a justiça australiana confirmou a versão dos pais de que a garota havia sido atacada por dingos, depois de 32 anos do caso.


O monte retorna aos primeiros donos

Em 1985 o Governo australiano devolveu a propriedade de Uluru aos aborígenes locais, os Anangu arrendaram então de volta ao Governo Australiano pelo período de 99 anos como Parque Nacional.

Escalar a pedra é uma atração popular para uma grande fração dos muitos turistas que visitam Ayers Rock a cada ano. Uma corda com alça torna a subida mais fácil, mas ainda é uma subida realmente longa e íngreme e muitos escaladores desistem. Há várias mortes por ano como resultado direto de escalar a pedra, principalmente, por motivo de parada cardíaca. Os Anangu consideram a pedra sagrada e prefeririam que visitas não a escalassem. Eles não tentam proibir a escalada, mas tentam persuadir os visitantes a respeitar seus desejos de não o fazerem. Também a fotografia de algumas partes da pedra, inclusive a formação chamada o “Cérebro” não é mais autorizada.




A fama de local azarento

Com a incrementação do turismo no local uma prática abominável, mas que parece fazer parte dos turistas ao redor do mundo inteiro passou a ser notada em também em Uluru: Muito turistas passaram a levar "lembranças" do local. Muitas dessas pessoas parecem ter se arrependido de tal ato, pois há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Monte Uluru e devolveram a lembrança alegando que o objeto teria trazido azar. Eles dizem que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento, considerado sagrado para os aborígenes.

O parque nacional australiano, responsável pela administração do monte, diz receber, em média, um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.

Se a história é verdadeira ou apenas uma invenção dos administradores do parque para tentar desestimular as pessoas a levarem rochas para casa eu não sei, mas se algum dia eu tiver o privilégio de conhecer esse inusitado local, certamente eu não traria nenhuma das rochas comigo.



Fontes: Wikipédia e Você Realmente Sabia?

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