Lendas de Lobisomens
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Lendas de Lobisomens


Manuel Blanco Romasanta (O Lobisomem De Allariz)

Manuel Blanco Romasanta, suposta origem da
lenda do homem do saco ou Sacamantecas.
Galícia, Norte da Espanha. Homens, mulheres e crianças eram encontrados mortos com arranhões de garras, mordidas e parcialmente comidos. Os lobos estavam sendo os culpados, mas haviam pessoas de lugares longínquos e os lobos não costumavam ir tão longe para se alimentar, mas perceberam que haviam também cortes feitos a faca onde a gordura das vítimas era retirada: Manuel Blanco Romasanta usava essa gordura para fazer sabão; seduzindo ou enganando suas vítimas ele as levava para o bosque na maioria das vezes e lá, transformado em lobo as matava cruelmente.

Levado a julgamento foi absolvido por ser um lobisomem e depois foi encontrado morto misteriosamente. Se ele era um lobisomem ou um 'serial killer' com licantropia (a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em um lobo.  Na psiquiatria, é um distúrbio onde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal), isso só ele poderia responder.

Em sua certidão de nascimento é registrado como Manuela, como eles pensaram que era uma menina. Aparência era normal, embora medido apenas 1,37 centímetros e loiro. Romasanta trabalhou como alfaiate e foi considerado inteligente e culto para a época, sabia ler e escrever.

Ele levava uma vida aparentemente normal até a morte de sua esposa, que não estava envolvido. A partir desse momento deixou a vida sedentária e começou a se envolver no comércio de rua, movendo-se a ela durante os primeiros anos na área de Esgos e, em seguida, cobrindo toda a Galiza. Com o tempo, a população local começou a conhecê-lo como um vendedor de uma pomada que foi dito ser composto de gordura humana, de modo que sua fama se espalhou rapidamente por toda a Galiza. Então as autoridades, a ser informado posteriormente de crimes Romasanta-começou sua busca e posterior prisão em Toledo.

Sua reputação como um assassino viria a acusação pela morte de um policial perto de Ponferrada . Depois de ser condenado na sua ausência, conseguiu fugir para um abrigo na aldeia abandonada de Ermida. Eles viviam com as ovelhas durante meses.Aparecer em público novamente, desta vez em Rebordechao, gradualmente, misturando com a população local e, gradualmente, o estabelecimento de relações pessoais, especialmente conquistou a confiança ea amizade das mulheres, o que era para arrastar alguma reputação como "maricas". Ele chegou no escritório do tecelão considerado adequado para as mulheres naquela época.

Se estabeleceu na vila, quando começou a praticar homicídios, cometidos nas florestas de Redondela e Argostios. Durante anos, iludiu a justiça, cometendo nove assassinatos, as vítimas eram mulheres e crianças sempre. Após as últimas mortes planejou sua fuga, chegando da Galiza com um passaporte falso. Ele foi finalmente capturado em Nombela (Toledo) e tentou, em Allariz (Ourense), com fiscal Branco Manuel Bastida.

Romasanta disse que era vítima de uma maldição que o fez lobo matou treze pessoas a sangue frio, usando as mãos e dentes para acabar com suas vidas e comer os restos. O julgamento (conhecido como o "processo contra o Lobisomem") durou cerca de um ano. Ele foi acusado de enganar mulheres e crianças para matá-las e tirar a gordura ou graxa, e, em seguida, vendê-las. Neste caso, afirmou ser vítima de um feitiço de uma bruxa , de acordo com ele, fê-lo transformar-se em um lobo durante as noites de lua cheia.

Ele contou sobre a primeira vez que foi transformado nas montanhas de Couso:  "Eu encontrei dois grandes lobos ferozes. De repente caí e comecei a sentir convulsões, rolei três vezes sem controle e em poucos segundos eu mesmo era um lobo. Fiquei cinco dias pendurado com os outros dois, até eu conseguir meu corpo. O que você vê agora. Os outros dois lobos vieram comigo, que eu achava que eram também lobos, foram alteradas para a forma humana. Eram dois de Valência. Um se chamava Antonio e outro Don Genaro. E também sofreu uma maldição como a minha. Durante muito tempo deixou como lobo e Antonio Genaro Don. Nós atacamos e várias pessoas e comemos porque estavamos com fome."

Mais tarde, ele diria que o sofrimento não era uma maldição, mas uma doença. Ele afirmou ainda lembrar o que aconteceu mais uma vez transformada em um ser humano, que foi fundamental para o seu julgamento. A defesa do acusado argumentou que não podia provar um assassinato com uma confissão simples, mas esta foi a do próprio réu. A sentença chegaria em 06 de abril de 1853, quando foi Romasanta quarenta e quatro anos: sentia-se que não era louco ou era um idiota ou louco, com a qual ele foi condenado a morrer nogarrote e multado em 1.000 reais por vítima.

Um hipnotizador francês que acompanhou o caso enviou uma carta ao Ministro de Graça e Justiça expressar suas dúvidas sobre se deve ou não Romasanta sofria de licantropia. Ele alegou ter curado outros pacientes com hipnose e pediu que, antes de executá-lo, deixá-lo hipnotizar. Ele também solicitou a intervenção da rainha Elizabeth II , que por sua vez, pediu ao Supremo Tribunal Federal para rever o caso. Mais tarde, Elizabeth II assinou uma ordem para liberar Romasanta da pena de morte, reduzindo-a a vida. Sua vida levou à criação das escuras canções, romances e filmes.

A Besta De Gévaudàn

Certo dia, em junho de 1764, numa floresta do Gévaudan, França, uma jovem que cuidava das vacas viu, quando ergueu o rosto, uma fera horrenda vindo em sua direção. Parecia um enorme lobo. Os cachorros fugiram, mas o gado afugentou-o com os chifres. Esta mulher teve melhor sorte que a maioria das testemunhas daquela que passou a ser conhecida como a "Fera do Gévaudan" ou "Besta De Gévaudan"; Um pesadelo quase sobrenatural que entrou para a história local. Entre 1764 e 1767, a população mergulhou no total pavor, acuada por um monstro de mandíbulas gigantes, proporções iguais às de uma vaca e aparência anormal, que estraçalhou mais de 100 pessoas nas regiões rurais de Auvergne e Dorgogne, deixando rastros de sangue e terror entre os poucos habitantes da localidade.

Tudo isto está registrado minuciosamente nos livros da Prefeitura destes lugares, com horríveis relatos das testemunhas sobreviventes - todas idôneas, como padres, juízes e deputados. A população e as pessoas envolvidas não sabiam descrever ou apontar qual animal era exatamente: possuía uma cabeleira; as características lembravam lobisomens. Suspeitava-se de lobos, chupacabras, lobisomem, etc... Ou, ainda, que haveria uma pessoa maligna agindo por detrás dessas mortes. A população também supõe que a família Chastel dava guarda a lobos híbridos, os quais pertenciam ao nobre Jean-François Charles de Morangiès, e estes teriam escapado do seu controle e estariam atacando.

Até o filho de Jean Chastel, Antoine Chastel, foi objeto de suspeita, porque era uma pessoa estranha e vivia recluso em companhia de animais selvagens. Quando esteve na África esteve a serviço para cuidar de animais estranhos e exóticos. Suspeitaram, também, que possuía um animal selvagem - uma hiena híbrida ou um lycaon - que trouxera da África. A primeira vítima, ao que parece, foi uma menina, encontrada em julho com o coração arrancado do corpo.

Os acontecimentos atingiram o clímax em junho de 1767, quando o Marquês d`Apcher, habitante da região ocidental do Gévaudan, reuniu centenas de caçadores e mateiros e espalhou-os em pequenas turmas pela zona rural. Na noite do dia 19, a fera atacou os integrantes de um grupo. Jean Chastel, que tivera o cuidado de carregar sua arma com balas de prata supondo que o bicho era um lobisomem, atirou duas vezes, matando-o. O fim do terror coincidiu com a morte desta grande criatura aparentando ser um lobo, mas não se pôde ter certeza se aquele era o monstro, o qual foi embalsamado e levado à Paris para receber a recompensa. Mas a criatura estava irreconhecível, por ter apodrecido durante a viagem, então foi enterrada. Após Jean Chastel ter matado a besta, seu filho Antoine desapareceu da cidade.

Incrivelmente, ninguém conseguia vê-la com nitidez e muito menos capturá-la. Até hoje, historiadores, zoólogos e outros cientistas estudam o fato, que continua no mais completo mistério, mas que quer que ela tenha sido, era forte, rápida e inteligente, e banhou os campos franceses com sangue, matando vários de seus perseguidores.

Gilles Garnier

Em 1573, uma aldeia francesa nas proximidades de Dôle foi “palco de terror” das atrocidades de um grande lobo que matou e devorou parcialmente dezenas de crianças. Constatou-se que o mesmo animal tinha uma enorme semelhança facial com uma pessoa chamada Gilles Garnier, sendo preso o mesmo confessou que fizera pacto com um espírito maligno da floresta onde lhe dera um líquido que, aplicado ao corpo, transformava-o em um lobo - após o julgamento foi queimado vivo.


Gilles Garnier vivia com a sua esposa, Apolline, nos arredores da cidade de Dôle, num casebre em mísero estado, ao qual só se podia chegar entrando um pouco na floresta. Apesar de lhe terem atribuído o nome de eremita de S. Bonnot, quem o conhecesse não lhe atribuía qualquer tipo de santidade. De cabelos e barbas compridos, tez pálida, unhas compridas e sujas, sobrancelhas assanhadas e olhos sombrios, Garnier não era homem dado a amizades, até porque pouco falava.

Em 1573, ocorreram diversos casos de assassinatos de crianças, as quais eram encontradas com várias partes dos corpos devoradas, como se um animal as tivesse atacado. A cidade fica na espreita, esperando que tal animal ataque novamente. Poucos dias depois alguns camponeses encontram um ser híbrido de homem e fera atacando uma garotinha, ao verem o rosto do animal, os camponeses notaram certa semelhança com a face de Garnier. Logo se iniciou a caçada ao assassino que rapidamente foi preso e levado a júri.

Gilles Garnier assumiu que realmente transformava-se em lobo e quando confessou os seus crimes, estava bastante consciente do que fizera, não revelando quaisquer sinais de demência ou outro tipo de perturbações mentais. Inevitavelmente, foi condenado à morte na fogueira, juntamente com a sua esposa. A execução teve lugar dia 18 de Janeiro de 1573. No outono desse mesmo ano, foi publicamente declarada na região a caça ao lobisomem.

Garnier foi tido como lobisomem e não como um lycan devido ao fato de os lycans franceses usarem a palavra Loup Garou para identificar tanta a espécie como a lenda. Até hoje a França foi um dos poucos países que não aceitou usar a denominação lycan para diferenciar os nascidos lupinos dos amaldiçoados a viver como tal. De verdade Garnier era um ragabash totalmente afastado da Matilha, gostava de viver realmente sozinho com sua esposa que também era lupina.

Pierre Bourgot

Um pastor que foi julgado em 1521 por uma série de assassinatos brutais de mulheres jovens, onde o mesmo declarou que se auto-transformava em lobo. Relata Pierre, que 19 anos antes, enquanto procurava algumas ovelhas perdidas de seu rebanho, ele encontrara três cavaleiros vestidos de negro que haviam se preocupado com a aflição do pastor. Pierre contou-lhes o ocorrido e um deles lhe disse que tivesse fé, pois o seu mestre haveria de proteger as ovelhas perdidas.


Pouco tempo depois, a parte do rebanho foi encontrada sem nenhuma perda. No entanto, nos dias seguintes Pierre foi procurado por um dos cavaleiros, o qual lhe fez a propostas para se juntar a eles na adoração de um ser Satânico, em troca de riqueza e proteção. Pierre aceitou.

Em noites de lua cheia, os homens encontravam-se na floresta e disfarçados de lobos atacavam as vítimas, que vez por outra achavam-se atrasadas no recolher. Por diversas vezes, esse grupo recebia a companhia de um tal de Michel Verdung, segundo Pierre, um homem cruel e com um dom natural para ser lobo. A trupe tinha preferência em atacar vítimas jovens e de sexo feminino, que em geral sofriam todo tipo de abuso. Pierre chegou a matar umas das vítimas com uma mordida, partindo o pescoço e rasgando-lhe a garganta com a própria boca.

Foram dezenas de ataques na época, mas que começaram a ter fim quando um viajante foi atacado e reagiu dando um disparo contra o lobo Verdung, que, ferido, refugiou-se na floresta, mas deixando um rastro de sangue atrás de si. O valente viajante armou-se mais pesadamente e seguiu o rastro de sangue até o inteirior de uma cabana. Lá, já em forma humana, foi capturado um homem, sendo tratado por uma mulher, com o ferimento à bala .

Pouco tempo depois toda a gang encontrava-se perante o tribunal. Entre os depoimentos, o de Pierre esclareceu como ocorria o disfarce em lobo: havia uma autotransformação, nus os homens passavam um ungüento fornecido a todos por um servo de Satã, com excessão de Verdung que se autotransformava em lobo sem a necessidade deste preparado. Após a unção, supostamente nos homens, havia em seus corpos um aumento sensível de pelos, uma contração na coluna vertebral e seus caninos ressaltavam para fora. Ficando com a postura e o aspecto físico a um lobo. Conta ainda, que seus corpos ganhavam uma força descomunal e a agilidade de um cão. Durante 19 anos Pierre e seus camaradas atacaram vítimas de toda a sorte e de preferência em noites de lua cheia, que eram propícias, pois, nelas, o povo caminhava com mais tranqüilidade. Todos foram condenados à morte.

Um outro epísodio ocorrido também no interior da França, na região de Bordéus por volta 1630, conta que uma jovem camponesa fora prometida a casamento a um dos senhores mais ricos da região. Quando estava próximo ao casamento, o senhor descobriu que a jovem donzela andara flertando um outro rapaz e, diziam-lhe os confidentes, que eles haviam chegado às trocas de carinhos mais íntimos. Ofendido o senhor jurou vingança.

Por várias vezes, em períodos anteriores os aldeões se organizaram para caçar um animal que atacava o rebanho e pessoas naquela região, contudo sem sucesso. Em uma noite proximo à casa da donzela, os cães seguiram um rastro. Ao se aproximarem da casa da donzela ouviram berros de pavor e o rosnar de uma fera. De arma em punho, os homens invandiram a casa e lá encontraram entre os dentes de um lobo a moça quase morta. Encurralado o animal atacou, mas sem antes de levar um tiro, que atingiu a pata esquerda do animal arrando-lhe alguns nacos de carne da pata. Mesmo ferido o animal conseguiu fugir, emprenhando-se na mata.

Ao socorrer a moça e arrumar a bagunça, os caçadores recolheram, entre os restos de carne e sangue, um pedaço de um dedo humano, tendo ainda preso em seus ossos um pequeno anel. Perguntada se lhe pertencia ou era parte de alguém de sua família, a moça disse que não, porém reconhecia o anel como sendo da família de seu noivo. Os homens então foram até o castelo do senhor, que se negou a recebê-los. Irados e confusos, os homens decidiram invadir o castelo para pedir explicação a ele. Após uma pequena batalha, eles capturaram o senhor, quando se surpreenderam com o estado dele. Em seu braço esquerdo havia ataduras que lhe cobria a mão; relutante em dar explicações sobre o ataque à casa da moça, os aldeões desfizeram o emplasto. Descobriram sob o emplasto que faltavam-lhe três dedos, dos quais o que continha o anel com o brasão da família. Mais tarde em seu julgamento, o senhor confessou haver feito um pacto com um Demônio, que lhe prometera riqueza e proteção se por vezes se transformasse em lobo e devorasse homens ou animais. No entanto, naquela noite não atendia ao desejo de seu Mestre, mas os próprios. O senhor foi queimado vivo.

Relato mais atual

Em 1996, animais entre vacas, cabritos, cachorros, etc. estavam aparecendo mortos por mordidas e arranhões feitos por garras em uma cidadezinha do interior do Rio Grande Do Norte, Areia Branca, até um cachorro morto da mesma maneira foi encontrado pendurado em uma árvore.

Por volta de julho e agosto dois homens foram encontrados mortos também por garras e mordidas. Diziam que era um lobisomem e ficou mais estranho após aparecer uma equipe de caça com dois suíços armados com rifles 'snipers' (por que dois suíços iriam até o RN caçar um lobisomem?). Eles acharam animais mortos pela fera, mas nada do licantropo. No fim foram embora sem dizer nada e o suposto lobisomem continua um mistério. De acordo com as histórias da vizinhança, uma criatura da noite caminha nos quintais e ruas dos bairros Baú e Lixeira, em Cuiabá, Mato Grosso, mas sem oferecer qualquer perigo às pessoas e animais da região. Uma pessoa confessa que esteve frente a frente com o "lobisomem".

O protagonista da história atual é um rapaz de aproximadamente 24 anos, pai de um filho, e que não quis oferecer detalhes da sua identidade, com medo que a história fugisse mais ainda do controle. O rapaz se disse preocupado porque não imaginava as proporções que a história tomaria por conta do que relatara para os amigos. Após muito relutar, o morador do bairro Baú contou que realmente viu o lobisomem, que ele tinha o corpo curvado, preto, sem pêlos e fisionomia de um cachorro. A criatura teria cerca de 1,55 metro em pé, posição de quando fica parado. Quando correu, de acordo com o rapaz, o lobisomem caiu sobre as mãos, como se fosse mesmo um cachorro ou um lobo. "Eu estava deitado quando me pediram para procurar minha irmã, porque minha sobrinha estava doente. Era meia-noite. Peguei o carro e virei aqui na rua de trás. Na ladeira meu carro morreu e foi aí que o vi", relatou. "Quando eu olhei direto para aquele bicho, não consegui reagir e comecei a chorar. Ele me viu, mas continuou a atravessar a rua e foi embora, sem fazer nada comigo", lembrou o rapaz. Abaixo veja uma matéria de jornal:

'Criatura' assustou família na Passagem da Conceição

Jornal Diário de Cuiabá, 17 de novembro de 1996. Por: Rubens Valente

A comunidade da Passagem da Conceição, a 4 km da Rodovia dos Imigrantes, viveu um estranho episódio, há cerca de três anos, que ainda hoje guarda seu mistério. Em duas noites, os moradores de quatro casas foram acordados por uma criatura que urrava e socava portas, janelas e levava terror para animais de criação.

A dona-de-casa Edite da Silva Fortes, de 72 anos, a dona “Sinharinha”, não garante que era um lobisomem porque não viu, mas dificilmente vai esquecer o que ocorreu. Ela dormia na casa – uma antiga parada de cavaleiros, que compravam mantimentos antes de atravessar o Rio Cuiabá – com um sobrinho e outros três parentes, quando foi acordada pelo latido frenético dos cachorros da comunidade. Eram mais de 10, cercando a “coisa”, que passou a arremeter contra a porta. “Parecia um tronco de árvore batendo, de tão forte. Tremia até os umbrais da porta (de madeira grossa)”, lembra dona Sinharinha. Seu sobrinho não conseguiu abrir a janela, para ver do que tratava, porque ela estava atravancada com caixas de cerveja. Os murros na porta e os latidos de cães demoraram pelo menos 10 minutos, segundo Sinharinha, até que o animal pulou para o quintal da casa, de onde as vacas saíram em disparada. No outro dia, Sinharinha encontrou poças de sangue e sinais de arranhões perto da porta – não sabe se dos cachorros, ou do próprio ‘animal’.

A criatura atacou outras casas na comunidade, sempre esmurrando as portas e seguida pelos cachorros. “Ninguém entendia porque ela não fugia para o mato, em vez de tentar entrar nas casas”, lembra. Depois disso, nunca mais a comunidade teve outro sobressalto. Sinharinha também presenciou outra ocorrência inexplicada na Passagem da Conceição. Há mais de 60 anos, ainda garota, ela se recorda de uma “chuva” de pedras em uma casa vizinha. “A gente via as pedras caindo mas não sabia da onde”, relembra. A família mudou-se do local e nunca mais o fenômeno voltou a ocorrer."

Joanópilis é nacionalmente conhecida como capital do lobisomem, mas existe um fato em especial que chamou a atenção, este tirado do livro "Lobisomem Existe" de Paiva Junior e Silvana Godoy, uma entrevista feita por eles com um polícial aposentado que registrou, juntamente com outros, em B.O. a transformação de um licantropo.

Primeiramente o policial Sidney Ferreira Da Silva não quis dar entrevista. O outro policial que presenciou o caso menos ainda. Em uma outra tentativa, marcado um encontro conseguiram a mesma com Sidnei que trabalhou na polícia durante 22 anos sendo 21 em joanópolis, antes em Bragança Paulista. Resumirei a conversa:

"Não posso me lembrar exatamente da data, mas foi nos anos 80...

Numa dessas noites chuvosas, um temporal, fomos chamados para uma ocorrência. No local já se encontrava o sargento Vrena, à paisana. O cidadão estava dentro da casa, violento e a família do lado de fora... Era uma pessoa descontrolada, um bêbado, ou... aqui dá muito demente também. Então, além do sargento Vrena que morava alí perto, estava o Itamar também à paisana, mas os titulares nesse serviço eram eu e o Silvio.

Aí a primeira coisa que fiz foi olhar pelo vitrô da residência para ver como estava a situação lá dentro, se o cidadão tinha uma faca ou qualquer outra arma, para armar uma estragtégia. Era uma ocorrência normal. Ao olhareu vi um cidadão numa metamorfose, uma transformação, que não era comum a um ser humano...

Ele estava transformado, com o rosto congestionado, o olho totalmente vermelho. Uma transformação que transcendia...

Tinha pêlos evidentemente. Mas estava meio escuro... Enfim, era algo que eu não conseguia explicar. Uma metamorfose. Já vi pessoas tomadas de espírito malígno, vi pessoas embriagadas, pessoas descontroladas mentalmente... ...não tinha uma máquina fotográfica na hora, não tenho, assim... uma prova cabal desse fato.

...Olhei e quando vi a coisa, tive um impacto que chamei o Silvio...

Ele estava lá eufórico, bravo, rosnando, uma coisa esquisita, quebrando tudo! O Silvio olhou também pela janela...

Chamamos o soldado Itamar. Ele não chegou a ver: quando ele pôs o rosto no vitrô pra ver o que nós estavamos falando, um vidro de maionese, não posso dizer a marca, foi jogado, quebrou o vitrô, estilhaçou e aquilo cortou o rosto dele (entre o nariz e o olho). Saiu muito sangue. O Itamar tem a cicatriz até hoje.

É, ele foi socorrido... ...E nós continuamos na ocorrência. Ficamos do lado de fora da casa fazendo um cerco...

"Preservo a identidade... Não tenho autorização da pessoa pra falar...

Aí quando ele viu que iamos tentar entrar na casa para resolver a ocorrência e conduzí-lo para um pronto socorro... ele saiu rapidamente pelo telhado. Não sei como. Ele teve uma saída rápida pelhas telhas. Correu de telhado em telhado, quintal em quintal e sumiu...

Encontramos só no outro dia. Estava normal, refeito. Não lembrava de nada...

"O B.O. deve ter sido destruído porque já faz muito tempo. Se eu soubesse que teria uma repercussão desse nível, eu teria guardado. Porque nós registramos no B.O. que foi uma metamorfose que não se explica..."

Por Victorio Anthony

Fontes:
http://xfilesmisterioso.blogspot.com.br/
http://portugalmisterioso.no.comunidades.net/
http://portaldesconhecido.itgo.com/
http://arcanjo-lycan.blogspot.com.br/




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