Medo
Infestação
O policial entrou na sala, seus olhos revelavam desprezo, e então começou a falar:
"Bom, garoto... uma série de assassinatos está acontecendo e você está envolvido em todos, diretamente ou indiretamente..." - um suspiro escapa -
"Garoto, o que sabe sobre isso?"O garoto sorriu.
"Tudo. Mas é claro que não vou falar para você, vou?" Seus olhos, agora revelavam sua psicose e sua loucura, mas os policiais já tinham certeza, a roupa do pobre louco garoto estava manchada de sangue e segurava uma faca em suas mãos, obviamente ele era o assassino.
"Acho que vou te contar, sim..." - disse o garoto em tom sarcástico.
"Tudo começou quando eu estava no computador navengando inocentemente na internet, e então encontrei um tópico de um blog, falando sobre... rituais, magia negra e essas coisas... pobre de mim. Era tão inocente... Não suportei tudo àquilo e logo sai da página. Entenda, velho, eu sai do tópico sobre os rituais, mas continuei a pesquisa, a curiosidade me dominou. Rapidamente encontrei outra coisa. Um conto, creio, dos mais realistas e filosóficos. Ele falava sobre o 'interior' humano." - Falava como se fosse algo simples, enquanto repirava fundo.
O policial olhava-o seriamente, ele precisava saber o que havia acontecido... Permaneceu atento ao que o garoto falava:
"Mas especificamente sobre como nós, humanos, temos demônios dentro de nossas almas... Dentro de cada um de nós um demônio diferente, todos variados dos 7 pecados capitais." - Abrindo um sorriso, continuou -
"O que habita meu corpo é o da IRA... e o seu ?" O policial estava surpreso com um discurso tão intenso, para um mero psicopata de 7 anos.
Decidiu comunicar à central através do rádio e pedir reforço, mas devido aos fatos serem nada
"normais" recebeu como resposta um garnde e claro NÃO.
"Velho, ninguém virá aqui, você está sozinho, como sempre..." O policial começou a temer por sua vida, o medo lhe invadira naquele instante quando os olhos do garoto ficaram negros e seu semblante demoníaco, sua voz aterradoramente distorcida, um sorriso deformado se fez em sua face.
"Farei contigo o mesmo que fiz com todos, o mesmo que fiz com metade da cidade." - brincava com a lâmina de cutelo em suas mãos, sem se imortar com o sangue que corria delas. Ao policial só restava implorar por sua vida, e o pensamento lhe invadira a mente:
"Estou com medo de uma criança??? Posso detê-lo!"O garoto parecia ler seus pensamentos e se pôs a dizer com uma voz trovejante:
"Não, não... Essa não é uma decisão muito sábia! Liberte seu demônio, talvez ele faça o trabalho correto!" Então o garoto corr....."
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"Delegada, a fita acabou. O que faremos? Sem o áudio, não poderemos fazer a pesquisa!" - O homem olhava assustado para sua chefe, algo estava diferente...
"Horas, mas você sabe sim o que fazer!" - Agora sua voz era um pouco mais aguda e distorcida.
Um grito ensurdecedor ecoou pela cidade. Tudo era CAOS. Às vezes ouvia-se gritos agonizantes de dor, choros e ranger de dentes, ou citações de palavras indecifráveis, mas ninguém nunca mais quis chegar perto de Silent Hill que desde então tem sido o domínio dos demônios....
Quer encarar os seus demônios???
Bom pessoas, é isso! Essa foi a minha primeira creepy depois da volta. Bom, digam o que acharam. Se gostarem eu continuarei a fazer creepys assim, mas se não é só falar que eu volto a fazer do jeito de sempre. E então?
Escrito por:
Felipe Berto
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