Caronte: O condutor de almas
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Caronte: O condutor de almas



Caronte (em grego antigo: Χάρων, transl. Kháron) é o barqueiro de Hades na Mitologia grega, é ele o responsável por conduzir as almas dos recém falecidos sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Na mitologia grega Caronte é filho de Nix, a Noite.

Caronte recebeu esta tarefa após ter tentado roubar a Caixa de Pandora, sendo surpreendido pelo próprio Zeus, ele foi mandado para o Érebo, onde deveria cumprir sua tarefa. No início, Caronte fazia a travessia junto com seu irmão gêmeo Corante. Cada um utilizava um remo e cada um ficava com uma das moedas e, quando mandavam uma gorjeta a mais, os dois dividiam. Assim deveria ser por toda a eternidade. Porém Corante começou a notar que as gorjetas estavam cada vez mais raras e, quando havia, eram valores muito menores que o costumeiro, e começou a duvidar de seu irmão. Um dia descobriu que Caronte estava lhe roubando. Pegava a gorjeta antes que ele viesse e desviava parte do faturamento para si. Por isso os dois brigaram selvagemente, eu uma disputa que durou 365 dias. Neste tempo, os mortos perambulavam pela terra, pois não havia quem os conduzisse para o outro Mundo. No 365º dia, Caronte matou seu irmão afogando-o no rio. Nesta hora o corpo de Corante se dissolveu e tingiu todo o rio de vermelho.

Caronte era muitas vezes retratado usando uma máscara de bronze, que tinha a finalidade de ocultar sua verdadeira face macabra, pois ela faria os recém-mortos repensarem em entrar na barca.


Estava encarregado de realizar a travessia dos mortos pelo Rio Estige (Styx), e só transportava almas cujos corpos tivessem sido enterrados com uma moeda (óbolo) debaixo da língua, com a qual deveriam pagar a travessia.

Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos. Nenhum vivo poderia atravessar pelo barco de Caronte, a não ser que carregasse um ramo de Acácia, árvore consagrada a Perséfone, deusa raptada por Hades para ser sua esposa.

Além dele, só Morfeu, Hécate, Hermes e Tânatos tinham livre acesso ao mundo subterrâneo e só alguns poucos mortais se arriscaram a atravessar como Héracles, Enéias e Orfeu.


Segundo o mitólogo Thomas Bulfinch, ele “recebia em seu barco pessoas de todas as espécies, heróis magnânimos, jovens e virgens, tão numerosos quanto às folhas do outono ou os bandos de ave que voam para o sul quando se aproxima o inverno. Todos se aglomeravam querendo passar, ansiosos por chegarem à margem oposta, mas o severo barqueiro somente levava aqueles que escolhia, empurrando o restante para trás”.

Fonte: Portal do Mitos

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