BizaRock #35
Medo

BizaRock #35



Boa noite, psicóticos de plantão! Como vai a noite de vocês? Se não tá boa, vai ficar, porque está começando agora mais um BizaRock!

E aproveitando o embalo do Dia do Rock, acho que muitos leitores vão gostar dessa edição, já que o tema de hoje é nada menos do que uma das mais lendárias bandas de rock da história: Led Zeppelin.

E lembrando: tem alguma sugestão pros próximos BizaRocks? Então, já sabe, mande sua sugestão por qualquer um de nossos meios de contato.

E vamos andar agora pela escadaria para o céu, com Led Zeppelin!

Led Zeppelin foi uma banda de Londres, Inglaterra célebre pela sua inovação e influência no rock, além de ter sido a banda mais popular na década de 70. De acordo com o renomado Allmusic, o Led Zeppelin foi a banda de Heavy Metal definitiva. Não apenas por sua interpretação alta e esmagadora do blues — mas também pelo modo como eles incorporam mitologia, misticismo e uma variedade de outros gêneros (world music e folk principalmente britânicos) — em seu som. Eles acabaram por estabelecer o formato dominante para o Heavy Metal, assim como o som real do gênero. Era formada por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria), John Paul Jones (baixo, bandolim e teclados) e Robert Plant (vocais, harmônica e gaita). A morte de John Bonham, em 1980, foi a causa do fim da banda. O Led Zeppelin voltou a se reunir em três ocasiões, em 1985 para o show beneficente Live Aid, com Tony Thompson na bateria, no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic; em 1988, com Jason Bonham na bateria; e, mais recentemente, em 10 de dezembro de 2007 em uma homenagem a Ahmet Ertegun, fundador do selo americano Atlantic Records, que apostou em 1968 no potencial dos jovens britânicos que haviam acabado de formar o Led Zeppelin.

Show do Led Zeppelin, em 2007, no O2 Arena de Londres.

Originalmente, a banda foi formada pelo guitarrista Jimmy Page com o nome de “The New Yardbirds” de modo a conseguirem cumprir um contrato feito para a realização de concertos na Escandinávia antes da rotura dos originais Yardbirds. O vocalista Robert Plant, conhecido pelo seu trabalho no grupo “The Band of Joy”, foi recrutado, trazendo com ele o baterista John Bonham. O baixista John Paul Jones leu em um artigo publicado em um jornal que estavam precisando de baixista para banda; Jones e Page já se conheciam anteriormente, quando trabalhavam como músicos de estúdio, e Page convidou-o para fazer parte da banda.

Após alguns concertos como “The New Yardbirds”, a banda mudou o nome para Led Zeppelin, após Keith Moon, baterista do The Who, ter dito que com aquela formação eles iriam abaixo como um “Zeppelin de chumbo”. A palavra “lead” é propositadamente mal escrita para evitar confusões com “lead Zeppelin” (como em lead singer, que significa “vocalista”) ao invés de um Zeppelin construído com o metal chumbo.

Pouco tempo após a sua primeira digressão, o grupo editou o seu primeiro álbum, Led Zeppelin, em 1969. Este álbum resultava de uma combinação entre o blues e o rock com amplificações distorcidas, o que o levou a tornar-se no pivot na evolução do heavy metal. O imediato sucesso do disco foi o pontapé de saída para a carreira da banda, especialmente no EUA, onde eles haveriam de atuar frequentemente, e onde as suas vendas de discos apenas foram suplantadas pelos Beatles. O segundo álbum, chamado simplesmente Led Zeppelin II, editado ainda no mesmo ano, seguiu o mesmo estilo, e incluía o êxito “Whole lotta love”, que, conduzido pela seção rítmica, definia o som da banda.

O álbum "Led Zeppelin", 1969.

Page e Plant eram fanáticos do blues. “Whole lotta love” e “You shook me” eram muito parecidas com músicas de Willie Dixon. A banda foi depois acusada de ter usado as letras sem as creditarem a Dixon, e, somente 15 anos depois, devido a um processo posto pela Chess Records, foi feito um acordo e efetuado o pagamento devido. A banda também gostava do rock and roll americano e tocavam música de Elvis Presley e Eddie Cochran. Em palco, o Led Zeppelin faziam concertos que podiam durar até 3 horas.

Para a gravação do seu terceiro álbum, Led Zeppelin III, a banda retirou-se para Bron-Yr-Aur, uma casa remota no País de Gales, sem electricidade. Isto resultou num som mais acústico (fortemente influenciado pela música celta e a música folk, e que revelou uma face diferente do talento prodigioso de Jimmy Page). Em novembro de 1970 a Atlantic Records editou “Immigrant Song”, em single, sem a autorização da banda e contra a sua vontade. Incluía no lado b “Hey hey what can I do”. Foram editados mais nove singles, sempre sem a autorização da banda, que via os seus álbuns como indivisíveis. Curiosamente, “Stairway to Heaven” nunca foi editado em single, apesar do seu grande êxito nas rádios. A frustração da banda em relação aos singles provinha do seu empresário, Peter Grant, que era um acérrimo defensor dos álbuns, e também devido ao fato da Atlantic ter feito uma reedição de “Whole lotta love”, que foi cortada de 5:43 para 3:10 minutos. Para além disso, a banda sempre evitou aparecer na televisão, preferindo que os seus fãs os vissem ao vivo.

As várias tendências musicais do grupo foram fundidas no seu quarto álbum, sem título, que é usualmente chamado de Zoso, Four Symbols ou simplesmente Led Zeppelin IV. Não apenas o álbum não tinha nome, mas o nome da banda também não aparecia em sua capa. O álbum incluía temas de heavy metal, como “Black Dog”, o misticismo folk de “The Battle Of Evermore” (cuja letra foi inspirada em “O Senhor Dos Anéis”) e a combinação dos dois estilos em “Stairway to Heaven”, um sucesso estrondoso nas rádios, aclamada por muitos como sendo o maior clássico do rock de todos os tempos. O álbum contém ainda uma memorável regravação de “When The Levee Breaks” de Memphis Minnie.

O álbum seguinte, Houses Of The Holy, lançado em 1973, continha músicas mais longas e experimentais, com o uso de sintetizadores e arranjos de cordas feitos por Jones em músicas como “The Song Remains The Same”, “No Quarter” e “D’yer Mak’er”. Esse álbum bateu os recordes de audiência, tendo chegado ser ouvido por mais de 50 mil pessoas. Três concertos no Madison Square Garden foram filmados para a realização de um filme, mas o projeto foi adiado por vários anos.

O álbum "Houses of the Holy", lançado em 1973.

Em 1974 o quarteto lançou seu próprio selo, a Swan Song Records. Swan Song era o título de uma música do Led Zeppelin que nunca foi lançada, tendo sido gravada posteriormente com o nome “Midnight Moonlight” no primeiro álbum dos The Firm, banda criada por Page após o fim do Led Zeppelin. Além dos álbuns do próprio Led Zeppelin a Swan Song editou álbuns de Bad Company, Dirty Pretty Things, Maggie Bell, Detective, Dave Edmunds, Midnight Flyer, Sad Café e Wildlife.

Em 1975 foi lançado Physical Graffiti, o primeiro álbum duplo para a “Swan Song”. Este álbum incluía músicas que sobraram dos 3 álbuns anteriores e mais algumas novas. Mais uma vez a banda mostrou a sua enorme diversidade de estilos, indo do rock progressivo ao Heavy Metal.

Pouco tempo depois do lançamento de Physical Graffiti, toda a produção anterior do Led Zeppelin atingiu a lista dos 200 mais vendidos, o que nunca tinha sido visto anteriormente. A banda embarcou para mais uma turnê pelos EUA, batendo novos recordes de audiência. No fim do ano, tocaram 5 noites seguidas no Earl’s Court (esses concertos foram gravados em vídeo e editados apenas 28 anos depois em DVD). Nessa altura, no pico da sua carreira, eram considerados por muitos como a “A maior banda de rock do mundo”.

Se a popularidade da banda em palco era impressionante, a sua fama pelos excessos era ainda maior. Eles viajavam num jato particular, alugavam pisos inteiros de hotéis, e tornaram-se objeto de algumas das histórias mais famosas, envolvendo danos materiais a quartos de hotel, aventuras sexuais e abuso de drogas.

Os integrantes da banda, posando pra foto próximos de seu jato particular.

Em 1976 a banda fez um intervalo nas turnês e começou a filmar segmentos fantásticos para o filme ainda não editado. Durante esse intervalo, Robert Plant quebrou um tornozelo num acidente de carro; impedidos de fazer concertos, a banda entrou em estúdio para gravar o seu sétimo álbum, Presence. O álbum conquistou um disco de platina antes de chegar às lojas, algo inédito para a época, e marcou mais uma guinada no estilo da banda, que abandonou os arranjos complexos dos álbuns anteriores. Mas o pior para Plant estaria por vir: durante a turnê do álbum nos EUA, seu filho Karac morreu de uma misteriosa doença respiratória.

No final de 1976 sai finalmente o filme The Song Remains the Same e a sua trilha sonora. Embora a gravação do concerto datasse de 1973, esse seria o único documento filmado do grupo lançado oficialmente durante os 20 seguintes. Uma curiosidade sobre a trilha sonora desse filme é que o setlist do concerto do filme não coincidia com as músicas no álbum: algumas músicas do filme não apareceram no álbum e vice-versa. Esse álbum seria o único disco ao vivo oficial disponível, até a edição de BBC Sessions, em 1997.

Em 1978, a banda voltou ao estúdio para as gravações de In Throught the Out Door, álbum lançado em 20 de agosto, aniversário de Robert Plant. Esse álbum continha “All My Love”, dedicada a Karac. Agora eram 8 discos no Top 200 da Billboard e shows com ingressos esgotados por todos os lados, provando que o Led Zeppelin estava cada vez mais forte. Embora a banda nessa época já fosse considerada antiga, eles ainda arregimentavam uma enorme legião de fãs, tendo esse último álbum chegado ao topo da lista dos mais vendidos, tanto no Reino Unido como nos EUA.

Em 1980 John Bonham morreu asfixiado pelo próprio vômito numa banheira, dando fim à carreira do Led Zeppelin. Depois disso a banda foi desfeita, pois não haveria mais condições de continuar com o nome Led Zeppelin.

Conheça abaixo alguns dos maiores sucessos da banda:






Tenha bons sonhos, se puder...



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