A outra face.
Medo

A outra face.





                Muitos sonham com o dia em que suas vidas mudarão drasticamente. E alguns desses buscam a outra face da realidade. Porem, poucos conseguem a alcançar. Uma serie de fatores impede a entrada e impossibilita a saída. Uma vez dentro, nunca mais fora.Esse outro lado possui muitos perigos que nem mesmo o mais louco poderia imaginar. Fatos desconhecidos e alguns conhecidos, mas descartados.
                Isso que vou escrever para você não é uma simples historia. Acredite. Tudo que estiver aqui escrito é de grande importância. Não irei mostrar ou dizer como se entra nesse mundo. Porem, irei dizer como deve agir em determinadas situações e como não deve. Caso você já esteja metido nesse mundo e não saiba o que fazer, essa historia é para você, por isso preste bem atenção em milhas palavras. Crenças, ceticismos e fanatismos, de nada o ajudaram na outra face. Apenas servem para mostrar o caminho ao gado, porem você não faz mais parte desse gado tolo. Na outra face, você é um lobo. Um lobo que caça e é caçado. A morte, medo, desespero e energias negativas iram lhe caçar, mas não se dê por vencido. Você é humano e sua natureza é sua força. A natureza humana é boa, forte e determinada. Pergunto-me onde essa natureza está escondida na sociedade atual... Lembre-se, não fazemos parte de um rebanho, somos mais parecidos com lobos. Então busque sua alcatéia e não seu rebanho!
                O maior erro de alguém que se envolve nesse meio é achar que sabe de tudo. Você nunca pode ter certeza de nada, porem, não deve viver de incertezas. Logo, deve seguir sua intuição acima de tudo e todos. Mas, não confunda a sua intuição com emoções auto-destrutivas. Peço que leia tudo que escrevo com discernimento e com os olhos do seu eu e não de seu ego. Irei contar a historia de um garoto que acabou se apaixonando por esse mundo, e nessa historia irei passar ensinamentos preciosos. Por isso, abra seus olhos!

                Jeff sempre achou que não pertencia ao mundo em que vivia. Um erro do destino que o colocara sentado em frente a uma maquina com acesso a internet?
                Um dia, Jeff encontrou um site cheio de curiosidades e historias de terror, se apaixonou pelo sombrio naquele instante. Começou a ver vários vídeos de supostos fantasmas, demônios e criaturas extraterrestres. Mas, cometia um erro comum. De tanto ver vídeos falsos e verdadeiros, se confundindo e chamou de falso o que era real e real o que era falso. Alegava ser falso apenas por ser: ‘’Surreal’’. Como pode alguém buscar o sobrenatural sem acreditar no surreal?
                Depois de semanas, Jeff começou a se sentir chateado com aquilo. Eram sempre as mesmas coisas. Ate as creepypastas estavam sem alma. As lia e sentia em seu peito: ‘’Algo falta aqui!’’, mas não sabia o que era. Jogou o jogo do copo, não se moveu, e o do compasso, era apenas rodado pelo vento e não formava palavra alguma. Buscou e buscou, ate encontrar uma historia sobre uma casa abandonada. Alegavam existir espíritos malignos naquele lugar e uma serie de desaparecimentos a sua volta. Ao olhar bem para a foto, Jeff sentiu uma familiaridade e lembrou-se que essa mesma casa ficava á meros três quarteirões de distância de seu apartamento. Animado, chamou todos os seus amigos mais próximos para irem, mas nenhum teve coragem de ir aquela noite. Mas, o coração de Jeff saltitava. Ele realmente queria ir lá o mais rápido possível, e partiu para a residência abandonada, sozinho.
                Em frente à enorme casa escura, Jeff observa animado. Cada detalhe da casa intensificava o mistério. A pintura cinzenta descascava, e uma espécie de planta subia pelas paredes. Todas as portas e janelas dos dois andares estavam abertas. O jovem quase retornou para casa, mas a sua euforia em experimentar algo pessoalmente era incrivelmente forte. Entrou na casa e ligou a lanterna.
                O piso rangia a cada passo. Para não se perder, decidiu seguir em frente ate encontrar o fim da casa e virar para a direita. Andou por dez minutos em linha reta em um corredor cheio de portas.
                - Droga, essa casa é maior do que eu imaginava... – Sussurrou consigo mesmo. Já estava com uma postura relaxada. Não esperava nenhuma surpresa.
                - Oi... – A voz de uma criança sai de um quarto.
                - Oi... – A foz grave de homem sai do mesmo quarto. Jeff apaga a luz da lanterna, se encosta ao lado da porta e tenta ver quem falava. O brilho da lua iluminava o quarto.
                Jeff estranha, pois não havia lua quando ele saiu de casa, mas ela poderia estar escondida atrás das nuvens.
                - Então... – A criança é interrompida. Jeff não sabia se era menino ou menina, pois a voz era muito baixa, quase inaudível.
                - Sim... Venha... – O homem afirma, retira o cinto e abaixa as calças.
                O homem começa a despir a criança. Jeff surta e pula com a lanterna apontada para o quarto.
                - Maldito. Usando um lugar abandonado para su... – Jeff interrompe seu grito ao ver que não havia ninguém no quarto e nem mesmo a luz da lua restava.
                Engolindo a seco, o jovem se pergunta se isso poderia ser uma experiência paranormal. Pegou uma garrafa de água que carregava na mochila e bebeu. Olhou para os lados e pensou em seguir o caminho de volta, mas queria ver algo a mais. Escutar uma conversa e ver uma sombra pervertida não era muita coisa para contar. Continuo seu caminho ate chegar a uma sala ampla com um homem sentado em uma grande poltrona vermelha, no escuro.
                - Quem é você? – Jeff pergunta sentindo forte medo.
                - Considere-se um homem de sorte! – O homem afirma em alto e bom som, mas sem gritar. Sua imagem não se movia.
                - Quem é você? – Jeff insiste. Começa a recuar.

                - Serei seu guia! – O homem afirma animado. Um raio passa pelo lado de fora da janela e ilumina a sala. Por poucos segundos, Jeff pôde ver um ser sem olhos, nariz, orelha, pelos e feições alem de uma boca sorridente e com dentes afiados. Vestia um terno vermelho semi-aberto. – Não... Eu não sou o Slenderman. Mas, sou esguio, não posso negar... – Afirmou ainda imóvel, como se pudesse ler os pensamentos de Jeff.

Continua...

 O que lhe atormenta? Escreva nos comentários e darei algumas sugestões na historia. Podem ser bem uteis se usadas da maneira correta. ~ Quase Sábio Anônimo.



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