A lenda da mulher emparedada
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A lenda da mulher emparedada



Olá amigos e amigas. Hoje, assim como nas últimas Terças feiras, voltamos a falar de "Lendas e histórias brasileiras", e dessa vez falaremos de uma lenda ambientada na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Venham comigo conhecer mais essa curiosa história popular brasileira.

A novela que virou lenda


O crime chocante virou lenda registrada na imaginação do povo do Recife. Mas não se tem a certeza de que esse terrível assassinato realmente ocorreu. A história foi contada pelo escritor Joaquim Maria Carneiro Vilela num folhetim – uma espécie de novela dividia em capítulos diários que saíam nos jornais de antigamente. O folhetim “A Emparedada da Rua Nova” foi publicado entre agosto de 1909 e janeiro de 1912 no Jornal Pequeno, que circulou por muitos anos na capital pernambucana. Carneiro Vilela narra uma tragédia com toques policialescos feita de traições, romances proibidos e ódios dissimulados. A trama, que se passa no século XIX, envolve a família de um rico comerciante chamado Jaime Favais. O personagem criado por Carneiro Vilela era dono de uma loja que funcionava no térreo do sobrado que ele possuía na Rua Nova, um endereço nobre no Recife daquela época.


Jaime era um homem grosseiro e vingativo. Ele descobre que Clotilde, sua única filha, engravidou de um malandro sedutor chamado Leandro. Para completar a confusão, esse sujeito também era amante da esposa de Jaime, Josefina. Jaime manda matar Leandro, Josefina enlouquece e o comerciante tenta casar Clotilde com um sobrinho seu, João, que trabalha na loja do tio. Como o rapaz se recusa, Jaime condena a filha ao macabro castigo. Amarra-a com cordas, cobre a moça com um lençol e a coloca num banheiro do sobrado. Com a ajuda de um comparsa, Jaime força um pedreiro a fechar com tijolos a porta do banheiro.

Depois de cometer essa infâmia, o comerciante foge para Portugal, onde passa três anos. Lá, Josefina morre. Jaime volta ao Recife para morar no andar de cima do sobrado. E no casarão é atormentado por “gemidos lúgubres” e pela visão da “figura branca e vaporosa de sua filha”, de acordo com Carneiro Vilela.

Até hoje, testemunhas garantem ter visto esta aparição num prédio comercial da Rua Nova. Neste local também ocorreriam fenômenos inexplicáveis como móveis sendo arrastados por mão invisíveis, soturnas batidas nas paredes, além de ser ouvido um choro lamentoso que seria da Empareda.

Não sabemos até que ponto Carneiro Vilela usou fatos verdadeiros para produzir o folhetim. Mas há relatos de esqueletos encontrados por trás de paredes falsas em alguns sobrados e casarões antigos do Recife. Os novos donos fazem reformas nos imóveis e acabam encontrando os restos mortais: provas de que a prática do emparedamento era comum em outros tempos. Pesquisadores dizem que não há como saber se as pessoas eram mesmo colocadas vivas nos cubículos ou situações assim eram tentativas de ocultar os cadáveres. Especula-se que esses corpos pertenceriam a escravos ou mesmo a integrantes das famílias ricas que eram vítimas de doenças que provocavam vergonha perante a sociedade, como a hanseníase ou insanidade mental.

Fontes: Mais Pernambuco e Mundo Obscuro

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