"Um crime americano" Sylvia Likens - Um dos piores casos de abuso infantil da história
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"Um crime americano" Sylvia Likens - Um dos piores casos de abuso infantil da história



Betty e Sylvia Likens

Em julho de 1965, Lester e Betty Likens, trabalhadores viajantes de um parque de diversões, sugeriram a Gertrude que cuidasse de duas das suas três filhas - Sylvia Marie Likens, 16, e Jenny Faye Likens, 15. Em retorno lhe dariam $20 por semana, enquanto trabalhavam em algumas cidades do país.
As meninas frequentavam a mesma escola e e participavam de atividades sociais semelhantes as que os filhos de Baniszewski, assim como frequentavam a igreja com Gertrude aos domingos. No entanto, quando o primeiro pagamento dos pais das meninas atrasou, Gertrude descontou sua ira as jovens batendo em ambas. Desde então as meninas apanhavam por motivos insignificantes. Assim começaram os abusos frequentes que ambas sofreram.

A  tortura tem início

Em agosto 1965, Baniszewski começou a abusar física e verbalmente de Sylvia, permitindo que seus filhos a agredissem, em um episódio Silvia acabou sendo empurrada escada abaixo. Baniszewski também acusou Likens de ser uma prostituta, e dava 'sermões' sobre a podridão, sujeira de prostitutas e mulheres em geral. Algumas fontes afirmam que Gertrude Bainiszewski era pedófila, o que lhe garante. Curioso como uma pessoa tão controvertida pode se dar ao luxo de discursar sobre moral e bons costumes.



Depois de as irmãs Likens repetidamente acusarem as filhas de Gertrude: Paula e Stephanie de serem prostitutas, após discussões que geralmente terminavam com as duas irmãs agredidas, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, e muitos outros amigos da escola e meninos locais, foram levados para ajudar Gertrude a bater principalmente em Sylvia. Eles usavam-na "para se divertir" torturando a moça, humilhando-a como se a garota vivesse para isso, há relatos sobre uma colega de classe de Sylvia que todos os dias ia até a casa para queima-la com cigarros as crianças convidavam todas as crianças para esse tipo de divertimento no porão, os gritos e súplicas da jovem eram ignorados, fizeram dela um objeto não demonstrando nenhum tipo de empatia ninguém nunca tentou ajuda-la.


Gertrude até forçou Jenny Likens a bater em sua própria irmã! Eles a queimavam com cigarros diariamente.
Em agosto 1965, Phyllis e Raymond Vermillion se mudaram para o lado da família Baniszewski e imediatamente notaram o abuso e violência contra Sylvia. No entanto eles não avisaram as autoridades, sem qualquer preocupação.

Durante esse tempo, Likens roubou uma roupa de academia da escola, mesmo ela não podendo ir nas aulas de Educação física, mas Baniszewski encontrou a roupa e arrancou dela a confissão espancando-a e queimando-a com pontas de cigarros - a pratica essa que se tornaria rotineira.

Jovens que participaram na tortura
Os filhos de Gertrude chamavam os amigos para queimar Sylvia quase diariamente!

Depois disso Baniszewski tirou a garota da escola. E voltou a acusar Likens de prostituição, em certo episódio revelado posteriormente durante o julgamento Gertrude forçou Sylvia a se despir e inserir uma garrafa de Coca-Cola em sua vagina em frente a um grupo de meninos da vizinhança.

Após o episódio da garrafa a jovem acabou agredida na cabeça, o que a deixou inconsciente. Aproveitando-se disso Gertrude aprisionou a jovem no porão.


O porão

Baniszewski, começou então um regime de banho para "limpar" Sylvia, com aguá FERVENDO e esfregando sal nas queimaduras. Ela ficava quase sempre nua e raramente era alimentada. Várias vezes, Baniszewski e seu filho John Jr. de 12 anos, a faziam comer suas próprias fezes, vomito e tomar urina. Uma vez Jenny Likens conseguiu fazer contato com a irmã mais velha, Diana, através de uma carta descrevendo os horrores que ela e Sylvia estavam passando.

enny pediu a Diana que chama-se a policia. Diana ignorou a carta, acreditando que ela só estava descontente com alguns castigos e estava inventando histórias pra poder ir morar com ela. Porém não muito tempo após receber a carta da irmã mais nova, Diana decidiu visitar as irmãs, Baniszewski se recusou a deixá-la entrar na casa. Diana então se escondeu perto da casa, até que ela avistou Jenny, e se aproximou dela. Jenny disse a irmã mais velha que ela não podia falar com ela e saiu correndo.

Preocupada, Diana chamou o serviço social, contando que Baniszewski disse que Sylvia Likens tinha sido enxotada da casa por ser uma prostituta imunda, e que desde então ela não voltou. Quando um assistente social apareceu na casa de Baniszewski e perguntou sobre Sylvia, Baniszewski mandou Jenny mentir para o assistente social sobre onde Sylvia estava, ameaçando fazer o que ela fazia com Sylvia se ela não mentisse.


Apavorada com o que Baniszewski poderia fazer com ela se contasse a verdade, Jenny disse ao assistente que Sylvia havia fugido. O assistente social voltou ao escritório, onde preencheu as papeladas dizendo que não era preciso mais visitas a casa de Baniszewski.

O trágico fim de Sylvia Likens

Em 21 de outubro, Baniszewski mandou John Jr., Coy e Stephanie Baniszewski levar Likens do porão para  o andar de cima, e amarrá-la a uma cama.

Na manha seguinte, Baniszewski, furiosa porque Sylvia fez xixi na cama, novamente forçou Sylvia a inserir uma garrafa de coca-cola na vagina.

Isso antes de começar a escrever a frase 'eu sou uma prostituta e estou orgulhosa disto' no abdome de Sylvia com uma agulha de costura aquecida ao fogo.

Baniszweski era incapaz de terminar a frase, mandou Rick Hobbs (um dos garotos vizinhos que ajudavam na tortura) terminar a escrita.



No dia seguinte, Baniszewski acordou Likens e a ditou para que ela escrevesse o que seria uma carta, para parecer que Sylvia tinha fugido. Tal manuscrito seria enviado aos pais da garota.

Depois que Likens terminou a carta, Baniszewski começou a formular um plano para fazer com que John Jr. e Jenny Likens a largassem perto de um depósito de lixo para morrer.

Quando Sylvia ouviu isto, ela saiu correndo escada abaixo tentando escapar.

Mas foi detida por Baniszewski assim que pôs os pés para fora da casa.

Baniszewski arrastou Sylvia de volta para dentro da casa, e novamente a jogou no porão e a manteve lá.

Em 24 de outubro, Baniszewski, desceu ao porão para ameaçar bater em Linkens com uma pá larga de madeira, mas errou o golpe e acidentalmente atingiu a si mesma..

Coy Hubbard entrou e começou a bater em Sylvia com ferocidade, acusando-a de ser responsável pelo que aconteceu com Gertrude. Os golpes com o cabo de vassoura atingiam repetidamente a cabeça com um cabo de vassoura, parando apenas quando Sylvia já estava inconsciente.

Na noite de terça-feira 26 de outubro. Baniszewski disse aos filhos que ia dar um banho em Likens, de água morna dessa vez.

Stephanie Baniszewski e Richard Hobbs levaram Likens para cima e a colocaram na banheira com roupa e tudo.

Em seguida a dupla largaram a garota em um colchão no chão, nesse momento perceberam que ela não estava respirando.

Stephanie Baniszewski tentou ressuscitá-la louca e freneticamente, mas a essa hora Sylvia Likens já estava morta.

Stephanie Baniszewski, entrou em pânico e mandou Hobbs chamar a policia. Quando a policia chegou, Gertrude Baniszewski deu a eles a carta escrita por Sylvia dizendo que ela havia fugido.

Em meio a comoção, Jenny Likens cochichou para um dos policiais, "Me tire daqui e eu vou contar tudo".

Seu depoimento bateu com a descoberta do corpo de Sylvia, assim polícia prendeu Gertrude, Paula, Stephanie e Jonh Baniszewski, Richard Hobbs, e Coy Hubbard por assassinato.

Também prenderam outros vizinhos e crianças presentes na hora - Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke, e Anna Siscoe sob a acusação de injúria (machucar, insultar, prejudicar).
                                              

Julgamento

Gertrude, seus filhos, Hobbs e Hubbard ficaram presos sem direito a fiança.

Um exame e autopsia no corpo de Sylvia Likens revelaram inúmeros ferimentos, queimaduras, danos nos músculos e nervos

Em sua morte ela teria sofrido de espasmos e contorções, ela teria mordido os próprios lábios do lado de dentro arrancando pedaços.

A cavidade vaginal estava fechada de tão inchada, por causa das lesões. Nunca chegou-se a comprovar as acusações que Gertrude fazia a garota a chamando de prostituta, bem pelo contrário, ao que foi falado no período em que o julgamento era realizado, a jovem ainda seria virgem.

Causa da morte: inchaço no cérebro, hemorragia interna no cérebro, e choque por danos prolongados na pele

Baniszewski foi considerada culpada de assassinato em primeiro grau. ( premeditado) Sentenciada a prisão perpétua sem possibilidade de condicional.

Baniszewski apelou e outro julgamento aconteceu, sendo novamente considerada culpada. Embora desta vez ela fora sentenciada a 18 anos de prisão.

No curso destes 18 anos, Baniszewski se tornou uma prisioneira modelo, trabalhando na costura e depois se tornando "mãe" das prisioneiras jovens, quando ela conseguiu condicional em 1985, ela era conhecida na prisão pelo apelido "MOM" (Mãe).

As noticias da condicional de Baniszewski chocaram a comunidade de Indiana.

Gertrude saiu da cadeia em 4 de dezembro de 1985 e viajou para Iowa, onde ela morreu de câncer no pulmão em 16 de junho de 1990.


A vida de Gertrude Baniszewski

Baniszewski nasceu em 1929, filha de Hugh M. e Mollie M. Van Fossan. Gertrude foi a terceira de 6 filhos. Em 1940, Baniszewski viu seu pai, de quem ela era próxima, morrer de um ataque do coração. Cinco anos depois, aos 16 anos de idade, ela largou a escola, para se casar com John Baniszewski, 18 anos, com quem teve 4 filhos. Mesmo John tendo um temperamento instável, os dois ficaram juntos por 10 anos. Depois se divorciaram.

Após um matrimonio curto com um homem chamado Edward Guthrie, Gertrude e John se casaram novamente e tiveram mais 2 filhos, antes de se divorciar permanentemente em 1963. Baniszewski, então com 34, acabou indo viver com Dennis Lee Wright 23 anos, este abusou dela.

Eles tiveram um filho, Dennis Jr., mas após seu nascimento, ele abandonou Baniszewski e desapareceu.

Ao todo, Gertrude teve 13 gestações 6,abortos, e 7 crianças sobreviventes. Ela foi deixada na miséria em uma casa decadente em Indianápolis, com 7 filhos para sustentar sozinha.

Um casal com o qual ela tinha se tornado amiga, Lester e Betty Likens , estava trabalhando com um circo viajando na Flórida, e propôs que tomasse conta de suas duas filhas que precisavam frequentar o colégio, Sylvia- 16, e Jenny -15, enquanto eles estavam fora em excursões com o circo.

Disseram-lhe que pagariam a ela US $ 20,00 por semana. Gertrude concordou. Lester Likens disse que as meninas precisavam de disciplina firme e incentivou Gertrude para reforçar sua edução. A filha mais velha de Gertrude, Paula, tinha 17 anos e estava grávida na época. Já tinha um bebê mais novo, Dennis. Crianças da vizinhança com freqüência passavam tempo em sua casa. 

Um verão em 1965, Sylvia se tornou objeto de abuso grave e tortura, que algumas das crianças do bairro assistiram ou participaram  Sylvia Likens morreu no dia 26 de outubro de 1965, num estado crítico, haviam tantar multilações no corpo de Sylvia que é impossivel ter certeza sobre a causa da morte. Em maio de 1966, Gertrude
foi a julgamento, alegando inocencia de todas as acusações, negando qualquer conhecimento e participação em sua morte. Ela foi considerada culpado de assassinato em primeiro grau, inicialmente condenado à prisão perpétua sem liberdade condicional. 

Em um apelo, houve um segundo julgamento, ela foi condenada 18 anos à prisão perpétua . Ela passou seu encarceramento no Womens Estado Correctional Center em Indiana. Gertrude foi libertada em 04 de dezembro de 1985 , depois de 19 anos de prisão. Ela mudou seu nome para Nadine Van Fossan, usando seu nome de solteira como seu último nome, e mudou-se para Iowa. Ela viveu seus últimos dias na obscuridade, quase como um recluso. Ela morreu cinco anos depois de seu lançamento, com a idade de 61 anos, de câncer de pulmão.

Fonte; Noite Sinistra



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