Torturas Medievais – Parte 01
Medo

Torturas Medievais – Parte 01



Estudar História é mais do que discutir fatos, datas ou analisar as grandes ou pequenas biografias. Estudar História é também lidar com um tema bastante delicado: o fato de que o homem é um ser contraditório, capaz de atos de grande sensibilidade e compaixão, mas que também manifesta, muitas vezes, grande capacidade para fazer o mal.
Esta lista vai mostrar instrumentos que eram utilizados para provocar o medo, infligir a dor, ou até causar a morte.
Todas as peças são originais, portanto, aos que ainda não conhecem ou não viram os instrumentos de tortura e execução abaixo, aconselho cautela!
Aos que se sentem ofendidos, agredidos ou abalados com os instrumentos abaixo, sugiro que ignorem este post.
Vamos lá:

Roda Alta

A roda alta era reservada aos criminosos responsáveis por delitos contra a ordem pública.
Era um suplício duplo. O réu era colocado nu, deitado no chão, com os pés e as mãos fixados em anéis de ferro. Sob seus ombros, cotovelos, joelhos e tornozelos, eram colocados robustos pedaços de madeira.
Então, o carrasco, com a roda, despedaçava-lhe todos os ossos, esmagando as juntas, mas evitando ferimentos mortais.
Na segunda parte, o corpo da vítima era dobrado sobre si mesmo e colocado em cima de uma roda de carroça, sobre uma estaca, e ali deixado por vários dias até morrer.

Coleira da Discórdia
 
A coleira da discórdia existia em vários modelos, mas a sua destinação era sempre a mesma: era usado no confronto daquelas senhoras que tivessem feito um escândalo ou dito fofocas.
Outras variações deste instrumento punitivo, eram reservadas às mulheres que se batiam em público. Neste caso, eram fechadas em uma única coleira e obrigadas a “conviver” por um dia inteiro.
Também era aplicada às moças que engravidassem antes de se casar. Neste caso, eram usadas as “tranças de palha”, que as infames eram obrigadas a usar na frente das portas das principais igrejas, nos dias de festa.

Açoite
 
O açoite é um castigo conhecido e utilizado desde os tempos mais remotos.
No período medieval, era reservado principalmente aos vagabundos e mendicantes, mas não eram excluídas as mulheres infiéis ou consideradas despudoradas. No período medieval, era usado o flagelo em forma de estrela, aqui apresentado como açoite de ferro.
Havia também outro modelo conhecido como “gato de nove rabos”, de efeito atroz. Este, de fato, servia para tirar a pele das costas e do abdômen e, para aumentar o seu efeito, as cordas eram banhadas em uma solução de salmoura.

Cavalete

No cavalete, o condenado era colocado deitado com as costas sobre um bloco de madeira com a borda cortante, as mãos fixadas em dois furos e os pés em anéis de ferro.
Nesta posição, era procedido o suplício da água. O carrasco, mantendo fechadas as narinas da vítima, introduzia na sua boca uma enorme quantidade de água.
Dada a posição, o infeliz corria o risco de sufocar, mas o pior era quando o carrasco e os seus ajudantes pulavam sobre o ventre, provocando a saída da água, então, se repetia a operação, até ao rompimento de vasos sanguíneos internos, com uma inevitável hemorragia.

Berlinda
 
A berlinda existia nos locais de mercado e feiras, ou na entrada das cidades. Era um instrumento considerado obrigatório na Idade Média, em quase todas as regiões da Europa.
Este e outros instrumentos fazem parte de uma série de punições corporais, que deviam constituir um exemplo para os outros. Era reservada aos mentirosos, ladrões, beberrões e às mulheres briguentas.
Era um castigo considerado leve, mas quase sempre a pena virava suplício e tortura quando a vítima, tendo pescoço e braços imobilizados na trave, levava comumente tapas e/ou era insultada pelo povo.

Algemas

As algemas da época dos antigos egípcios eram instrumentos utilizados para agrilhoar escravos e condenados.
As de madeira serviam para a transferência de prisioneiros impedindo, assim, que fugissem. As de ferro, além do uso acima, eram também utilizadas para pendurar as vítimas nos muros das prisões, criando condições de imobilidade que levavam, muitas vezes, à loucura.


Balcão de Estiramento
 
O suplício do balcão de estiramento era utilizado comumente já no tempo dos egípcios e babilônios.
A vítima era colocada deitada sobre um banco e tinha os pés fixados em dois anéis. Os braços eram puxados para trás e presos com uma corda acionada por uma alavanca.
Assim começava o estiramento que, imediatamente, deslocava os ombros e as articulações do condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e, então, pelo rompimento dos músculos e articulações.
Antes desses efeitos mortais, porém, o corpo se alongava até trinta centímetros.

Despertador

O despertador foi idealizado pelo italiano Ippolito Marsili, e deveria marcar uma mudança decisiva na história da tortura.
Seria um sistema capaz de obter confissões sem infligir crueldade ao corpo humano. Não se quebrava nenhum osso. Consistia o aparelho em deixar o condenado acordado o maior espaço de tempo possível.
Definido no início como tortura não cruel, diante da Inquisição teve muitas variações, até chegar ao procedimento absurdo de se amarrar as vítimas, suspendê-las e deixá-las cair com todo o peso do corpo contra o ânus e as partes sexuais mais sensíveis.


Continua...
Walacionil Wosch



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