Medo
O bizarro Codex Seraphinianus
O Codex Seraphinianus é uma enciclopédia sobre um mundo imaginário, com um texto praticamente muito estranho e com mais de mil desenhos feitos pelo artista e arquiteto italiano Luigi Serafini entre 1976 e 1978. A primeira edição do livro foi publicada em 1981 pela editora Franco Maria Ricci. Em 2006, o livro foi relançado na Itália pela editora Rizzoli numa edição mais econômica, porém com excelente qualidade de impressão.
Entre os muitos cultores do Codex contam-se Italo Calvino, Federico Zeri, Vittorio Sgarbi, Giorgio Manganelli, Achille Bonito Oliva, Tim Burton, Douglas Hofstader, Philippe Decouflé, John Cage.
Durante trinta meses o artista italiano dedicou-se integralmente a dar forma ao Codex Seraphinianus, um livro de quase 400 páginas que, de maneira fantástica e visionária, reinterpreta a zoologia, a botânica, a mineralogia, a etnografia, a arquitetura etc.
A estranha escrita da língua "serafiniana" (na verdade existe um outro termo para definir tal língua, como os amigos e amigas poderão ver mais abaixo), que percorre o livro inteiro, expressaria as seções, as legendas de desenhos e a numeração. O todo forma um conjunto homogêneo e coerente(?!) graças à criatividade do artista presente em cada página. Duas páginas contêm, entretanto, no interior das “ilustrações”, termos em francês e em inglês que não formam um sentido imediato: "fille orgiaq surgie et devinée", "le premier jour” “you” “bien” “desir” etc.
Na primeira página, um desenhista, cujo antebraço é uma caneta estilográfica, escreve, sobre um bloco apoiado a um cavalete, as palavras acima transcritas. Estas apresentam-se como desenho, o que ocorre no próprio Codex. Pelo chão, encontram-se palavras esparramadas como manchas de tinta. Dentro desse mundo imaginário, as palavras em francês e inglês parecem produzir o mesmo efeito que a escrita serafiniana produz em nós. Na segunda página, o escritor–desenhista encontra-se ao chão, assassinado com uma caneta esferográfica enfiada na barriga e do seu corpo escorre nanquim, que é seu sangue.
Por meio de suas imagens o artista convida o leitor a pensar num mundo cuja compreensão não está numa leitura construída com símbolos convencionais, e sim numa outra leitura expressa por um intricado sistema de signos que remetem a outros signos, que remetem a outros signos etc.
O livro é escrito em uma linguagem manuscrita única, que nunca foi plenamente decifrada, isto é, partindo do princípio que há um significado nela. Essa linguagem ficou conhecida como “Matrixa”. Clicando AQUI é possível estudar a língua mais detalhadamente, e até mesmo transcrever algumas coisas para ela.
Os capítulos seguem uma sequência lógica que é a seguinte:
1 - O primeiro capítulo é sobre a flora desse mundo e suas ramificações bizarras.
2 - O segundo capítulo é sobre a fauna desse mundo e descreve animais estranhos e suas variações absurdas.
3 - O terceiro capítulo parece descrever um reino à parte, habitado por criaturas bípedes.
4 - O quarto capítulo descreve conceitos de física e alquimia, tais conceitos são completamente diferentes dos de nosso mundo. É o capítulo mais enigmático.
5 - O quinto capítulo aborda máquinas bizarras e veículos desse mundo.
6 - O sexto capítulo fala de matérias relacionadas à humanidade desse mundo, como biologia, sexualidade, e modificações corporais ligadas à cultura.
7 - O sétimo capítulo retrata eventos históricos daquele mundo, além de abordar costumes sobre a vida e morte do povo, além de alguns rituais possivelmente religiosos.
8 - O oitavo capítulo descreve o estranho método de escrita utilizado naquele mundo (e no livro)
9 - O nono capítulo fala dos costumes relacionados à comida, refeições e vestimentas.
10 - O décimo capítulo descreve jogos de carta, azar além de esportes e outras atividades bizarras.
11 - O décimo primeiro capítulo descreve a arquitetura daquele mundo.
Muitos estudiosos do livro afirmam que é inútil buscar algum sentido em sua escrita. Para esses indivíduos a leitura do livro não passa de uma experiência visual. Pois essa era a área de Serafini como artista plástico. O próprio Serafini parece reforçar essa ideia. Em certa ocasião ele declarou que sua intenção ao escrever o Codex era criar confusão e curiosidade na mente do leitor, sensações semelhante às que temos, quando crianças, quando abrimos revistas e não entendemos nada do que está escrito, apenas “sentimos” as imagens.
Após publicar seu livro Serafini passou muitos anos sem nada declarar sobre o significado do Codex, mas anos depois declarou que o livro não possuía nenhum significado especial. Que enquanto escrevia o Codex não pensava em nada, em um processo semelhante a uma psicografia. As imagens e letras vinham à sua mente e ele botava-as no papel.
Mesmo com as declarações do autor, muitas dúvidas ficam no ar, e muitas pessoas não ficaram convencidas. Um indivíduo ilustraria e escreveria 380 páginas sem realmente nenhum significado? Ou depois de certo tempo ele decidiu não revela-lo?
Alguns curiosas da Ufologia já chegaram a teorizar que o Codex foi “escrito por alienígenas” através de um processo de emissão de conhecimento à distância, manipulando a mente de Serafini. Eles defendem essa teoria por muitos símbolos utilizados na “Matrixa” aparecerem em obras supostamente deixadas por seres de outro planeta na Terra.
Fontes: Wikipédia e Creepy Attic
Quando amanhecer, você já será um de nós... CONFIRA OUTRAS POSTAGENS DO BLOG NOITE SINISTRA
Links Relacionados:
Ruínas do retiro espiritual indiano que recebeu os Beatles em 1968.
De qual sociedade secreta você deveria fazer parte?
A colina das Cruzes na Lituânia.
A incrível história de Thor Heyerdahl e a expedição Kon-Tiki.
Fenômeno "Anéis de Fadas".Cidade fantasma aparece na China.
Túmulos da máfia russa.
Conheça as pessoas reais que inspiraram American Horror Story: Freak Show.
Os alinhamentos solares do morro da Galheta.
Teorias e conexões entre as temporadas de American Horror Story.A terrível peste Bubônica.
VOLTAR PARA A PÁGINA INICIAL...
loading...
-
15 Livros Misteriosos E Polêmicos
Ao longo da história humana livros foram escritos tanto para contar histórias, estórias, revelar descobertas científicas, mitos, lendas, guardar informações para posteridade, etc. Ao longo dos séculos alguns desses livros estiveram envolvidos...
-
A Cidade Do Suicídio Tentou Aprender A Sorrir
Um artigo publicado no jornal australiano Sunday Times em 17 de outubro de 1937, narrava uma nova tendência presente em Budapeste, capital húngara, após a Primeira Guerra Mundial. Por causa dos altos índices de melancolia e de suicídios em ocorrência...
-
A Colina Das Cruzes Na Lituânia
Situada perto da cidade de Siauliai, a colina começou a tornar-se um santuário após a Revolta Camponesa de 1831, contra a Rússia. Estima-se que algo entre 10 e 20 mil pessoas perderam suas vidas nesta ocasião. As famílias que não conseguiram encontrar...
-
Codex Gigas, A Bíblia Do Diabo
Uma maldição, durante 800 anos, cercou um dos livros mais famosos da Idade Média. Objeto de desejo de líderes religiosos e imperadores, por onde passou, o livro foi acusado de causar destruição, guerras e epidemias. Mas agora a ciência decidiu...
-
Documentario:a Bíblia Do Diabo
O Documentário está no fim da matéria. Alguem ai ja ouviu falar na "Bíblia do Diabo" ? Pois é, a história dela é totalmente sinistra e macabra. Dizem que no século XIII, em uma região da República Tcheca, um grande monge foi condenado a...
Medo