Holodomor: Genocídio ucraniano e os atos de canibalismo
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Holodomor: Genocídio ucraniano e os atos de canibalismo



O termo Holodomor, ou a grande fome ucraniana, refere-se o genocídio praticado pela União Soviética nos anos 1932 e 1933 na Ucrânia, após a coletivização forçada. Cerca de seis ou sete milhões de pessoas, das quais três milhões de crianças, foram eliminadas sistematicamente através da supressão dos gêneros alimentícios, produzidos pela Ucrânia, e o seu desvio para outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, num processo que ficou conhecido como "Dumping Soviético". A fome atingiu também as regiões ao sul da Rússia, médio e baixo Volga, sul do Ural, norte do Cazaquistão e oeste da Sibéria, porém o termo Holodomor refere-se apenas aos mortos de etnia ucraniana. Foram prejudicadas principalmente as áreas de cultura agrícola que tinham condições de produzir excedentes para a alimentação populacional. No auge do genocídio, 25.000 pessoas morriam de fome todos os dias na Ucrânia.

O genocídio foi idealizado e planejado pelo membro do Partido Comunista da União Soviética Lasar Kaganowitsch, nascido emKiew (Ucrânia) de pais judeus, e colocado em prática por Josef Stalin. A fome, já usada antes na Fome russa de 1921, era o meio usado pela URSS para eliminar qualquer resistência ou oposição da população ucraniana, na época composta por 80% de camponeses, ao regime comunista.

As controvérsias:
Sobre as causas do Holodomor há diversas concepções. Principalmente historiadores ucranianos enfatizam que se trata de um crime consciente, organizado e executado pelo regime soviético de Josef Stalin. O historiador judeu Miklós Kun, neto deBéla Kun, informa: " Foi um assassinato de milhões de seres humanos, executado de forma consciente e sistemática. (...) Enquanto em povoados ucranianos as pessoas desesperadas e alucinadas pela forme comiam folhas e brotos das árvores, gêneros alimentícios ucranianos eram revendidos em outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, no que se passou a chamar de "Dumping Soviético"..."

Em contrapartida, historiadores russos argumentam que a fome decorreu de colheitas fracassadas, situação ainda agravada pela coletivização da agricultura e a decorrente oposição dos agricultores ucranianos. Tal fato, porém não impediu a União Soviética de exportar cereais. O escritor, jornalista e sociólogo Gunnar Heinsohn, constata que na Ucrânia, no Cazaquistão e em algumas áreas do Cáucaso, houveram fortes resistências às desapropriações decorrentes das coletivizações agrícolas forçadas. A apreensão de víveres para agravar a fome, foi um meio utilizado para quebrar a oposição às desapropriações e para enfraquecer os movimentos separatistas destes povos. Evitou-se também o atendimento aos esfomeados e impediu-se as pessoas de se retirar das localidades atingidas pela fome.

Gunnar Heinsohn caracteriza esta realidade como uma mistura de genocídio com "politicídio".

A denúncia da verdade dos fatos muitas vezes é desdenhada por motivos políticos como “anticomunismo malévolo”.

Os defensores do conceito de crime de fome, consideram o Holodomor como fenômeno específico ucraniano e o denominam como "Ato de genocídio contra o povo ucraniano", provocado conscientemente pelo regime stalinista.

Canibalismo:
Existem documentos e muitos relatos, de pessoas que vivenciaram esse triste acontecimento, que falam que a venda de carne humana nesse período se tornou algo comum. No desespero da fome, bebes e crianças desapareciam sem rasto, mortos e comidos pelos progenitores ou vizinhos. Tresloucados, pela fome, matavam ou aproveitavam-se da prostração moribunda de vizinhos para de seguida os comer. Foi houve a criação de um comércio de carne humana, conhecido e tolerado pelas autoridades comunistas, como demonstram alguns documentos. Nesse período os sequestros também se tornaram algo muito comum, sendo que qualquer pessoa, fosse ela adulta ou criança, vagando solitária pelas ruas, seria um alvo em potencial. Houveram também relatos de muitos pais que abandonaram suas proles a própria sorte, uma vez que eles não possuíam condições de sustentar essas crianças, que acabavam se tornando vítimas fáceis nas mãos de aproveitadores.


Tensões entre o campo e a cidade:
Cada aldeia era obrigada a fornecer ao Estado uma determinada quantidade de cereais; a Lei da coletivização impunha que nenhum trigo fosse dado aos membros de uma unidade colectiva sem que as metas impostas por Moscovo fossem atingidas. Como esse valor ultrapassava geralmente a produção efetiva, a comunidade não conseguia assumir a sua quota-parte e era colocada numa lista negra. Em consequência de tal facto, a OGPU e o NKVD realizaram operações massivas contra os camponeses ucranianos a fim de lhes confiscarem teoricamente algum cereal escondido, na prática, todos os gêneros alimentícios. (O facto de até as próprias sementes para o cultivo do ano seguinte serem confiscadas diz bem da verdadeira intenção das autoridades comunistas).


Ao mesmo tempo, implementavam um sistema de passaportes interno que impedia os rurais de se movimentarem à procura de comida. A morte por fome era uma consequência inevitável. Muitas pessoas tentavam furar os bloqueios, indo para as cidades, mas todo "forasteiro" que aparecesse por lá, era denunciado pelos habitantes locais, pois havia o medo de represálias para aqueles que, na cidade, dessem abrigo, ou acobertassem os pequenos colonos que fugiram do campo.



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