Franco Scoglio, o treinador que morreu ao vivo em programa da TV italiana
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Franco Scoglio, o treinador que morreu ao vivo em programa da TV italiana



Saudações galera atormentada. Hoje falaremos da história de Franco Scoglio, um treinador de futebol italiano que acabou falecendo durante um programa de televisão (ver vídeo ao final da postagem), quando ele discutia com o então presidente do clube com o qual ele se identificava profundamente e do qual ele era ídolo. A morte de Scoglio, ou "Il Professore", é uma dessas mortes que podem integrar qualquer lista destinada a falar de mostres estranhas, principalmente por que Scoglio parece ter previsto sua morte, mesmo que em tom de comédia, em conversa com um amigo.

Era dia 3 de outubro de 2005 e como em boa parte dos programas esportivos realizados na segunda-feira, logo após os jogos do final de semana, a mesa redonda da emissora Primocanale, da cidade de Gênova apresentava ásperas discussões. Na ocasião, Franco Scoglio, ex-treinador do Genoa, era um dos convidados e participava de um debate com o então presidente do clube, Enrico Preziosi (que ainda é mandatário da equipe). Na época, o Genoa vagava pela Série C italiana.

- Porque eu deveria discutir com ele? Eu sou o presidente!
- Veja, isso mostra que ele não quer um diálogo. Ele quer um monólogo.
- Diálogos são feitos com a torcida, não com um ex-treinador. Que autoridade tem para falar do Genoa? Caro Scoglio...
- Quando se dirigir a mim, me chame de professore. Porque quando me dirijo a você, lhe chamo de presidente!

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A conversa era áspera. O apresentador Giovanni Porcella dá sequência, acalmando os ânimos. De repente, Scoglio, conhecido como "O Professor", pende a cabeça para trás, e fecha os olhos para não mais abrir. Um ataque cardíaco fulminante vitimou o treinador de 64 anos, ao vivo, diante dos telespectadores. Surpreendente, se isso não fizesse parte de uma macabra profecia.

Quem foi Franco Scoglio?

Apesar de ser lembrado pelo insólito episódio de sua morte, Franco Scoglio foi um treinador de relativo prestígio no Calcio. Nasceu em Lipari, província de Messina, em 2 de maio de 1941, e teve uma infância pobre. Segundo ele, "a pão e cebola". Formado em educação física, deu aulas em escolas, razão pela qual passou a ser chamado de "Il Professore" durante sua carreira. Apaixonado por futebol, chegou a atuar pelo Palmese e por uma equipe de Lipari, e começou a treinar equipes juvenis do Reggina em 72. A partir daí, rodou por equipes das divisões inferiores da Itália. O Gioiese foi sua primeira equipe profissional, mas foi na sua segunda passagem que conquistou sua primeira taça: o Campionato Interregionale de 81/82. Em uma de suas passagens pelo Messina, descobriu o atacante Salvatore Schilacci, futuro artilheiro da Copa do Mundo de 1990. Lá, venceu a série C de 86.


Mas é no Genoa que Scoglio ganhou notoriedade, e principalmente, o carinho dos torcedores. Sentimento respondido reciprocamente. É ele o comandante do último título nacional da equipe, a série B na temporada 88/89. Na temporada seguinte, foi um dos responsáveis pela manutenção na série A, terminando o campeonato em uma honrosa 11ª posição.


Após trabalhar em diversas equipes da primeira e segunda divisão italiana, assumiu o comando da Tunísia, onde alcançou a 4ª colocação na Copa Africana de Nações de 2000, e contribuiu para a classificação do país para a Copa de 2002. Segundo Mariano Bruno, ex-prefeito de Lipari, Scoglio tinha duas paixões: O Genoa e a África. E foi para salvar o Genoa da série C que largou o sonho de disputar uma Copa do Mundo. E trouxe consigo 5 tunisianos: o goleiro Chokri El Ouaer, o zagueiro Khaled Badra e os meias Imed Mhadhebi, Raouf Bouzaiene e Hassem Gabsi. E ao justificar as contratações, virou motivo de piada. "Bouza é taticamente parecido com Maldini, Gabsi é o Di Livio africano e Badra só perde para Baresi".

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Em 2002, treinou a Líbia, mas durou pouco tempo. Não conseguiu lidar bem com os caprichos do jogador Al-Saaddi Gaddafi, filho do ex-ditador Muammar Gaddafi, e com passagens posteriores (e desastradas) pelo futebol italiano. Seu último trabalho como treinador foi pelo Napoli, mas não teve sucesso, estando à frente da equipe napolitana por apenas 10 jogos. Aposentado, passou a ser comentarista. Mas já negociava um retorno como técnico. Segundo algumas fontes, seu retorno seria comandando a seleção do Guiné-Bissau. Estudioso, também deu aulas em universidade, de Teoria, tática e ensino do futebol.

A suposta premonição de sua morte

Apesar de ter trabalhado como treinador em vários lugares, era no comando do Genoa que Scoglio se sentia em casa. A identificação com o clube era tamanha, que ele foi homenageado por mais de 10 mil torcedores em Genoa, após a sua morte. Por causa desse carinho que ele nutria pelo clube, e que a torcida tinha por ele, que Franco Scoglio foi convidado a participar do programa de TV, afim de discutir a situação do seu tão estimado Genoa.


Certa vez, disse ao amigo de longa data, Nicola Merlo: "Morirò parlando del Genoa" (Morrerei falando do Genoa). Nicola certamente não imaginou o que aconteceria com o amigo anos mais tarde. O tom de Scoglio poderia ser bem humorado no momento da declaração, mas o desfecho da história acabou deixando na mente de Merlo, e de demais amigos que já tinham ouvido o treinador fazer tal afirmação, uma mórbida impressão de que o treinador teria previsto sua morte, ou que o caso era uma dessas macabras artimanhas do destino.

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Coincidência ou não, a morte de Franco Scoglio certamente entra para a lista de mortes estranhas.


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