Contos de Fadas Bizarros: Parte 3 - Cinderela
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Contos de Fadas Bizarros: Parte 3 - Cinderela


Cinderela
De todos os contos mais populares, o que possui mais versões é o da Gata Borralheira. Contando com países feito a China (onde a fábula foi originada), França e Itália, são em média 700 versões diferentes. Algumas mudanças extremas, outras nem tanto. Mas com certeza fatos bizarros foram alterados.

Na versão original, o pai de Cinderela (viúvo até então) é um rico comerciante. Casa-se pela segunda vez com uma mulher aparentemente doce e com duas filhas já crescidas. Quando ele parte para viajar as três novas mulheres da família tratam a filha do rapaz como serviçal. Daí origina-se o título A Gata Borralheira (vindo da Itália).
Num gesto incestuoso, o rei decide-se casar com a princesa.
Em outra versão ligeiramente curiosa o pai de Cinderela é rei. Ele perde a bela esposa muito jovem (há quem diga que a assassina é a própria Cinderela) e promete nunca mais se casar, exceto se encontrar uma mulher tão bela quanto sua falecida. Cabelos cor de ouro, pele clara, gestos delicados e pés de princesa. Literalmente.
Ao alcançar o auge da beleza conforme fica mais velha, sua própria filha Cinderela, fica tão bela quanto a mãe, assim despertando o interesse de seu velho e solitário pai. E em um gesto incestuoso, o rei decide-se casar com a princesa. Mas às vésperas, a princesa-quase-rainha foge do palácio pelo mar dentro de um grande armário de madeira, parando na casa de uma mulher com duas filhas já criadas. E a partir daí, até certo ponto, vocês conhecem.
Cinderela aos prantos no sótão é consolada por um demônio, no qual resulta os dois firmando um pacto.
Entre todas as histórias conhecidas existe o famoso baile do príncipe para escolher sua futura esposa. O que muda entre elas é a forma com que a nossa Gata Borralheira consegue a proeza de ir até ele. No popular, é apenas uma fada madrinha que cuida da menina e lhe concede o pedido. Mas em outras fábulas quem lhe dá tudo para o grande baile é a árvore que nasceu no túmulo de sua mãe. E como não poderia faltar o mais bizarro de todos, Cinderela aos prantos no sótão é consolada por um demônio, no qual resulta os dois firmando um pacto. Porém, seja quem for que a ajudou, deu-lhe o limite das 0h.
Chegando ao baile de carruagem puxada por lindos cavalos, a jovem e desconhecida dama era de fato a mais bonita da noite. Logo de início chamou atenção do príncipe encalhado e dançou com ele a noite inteira. Entre sorrisos e flertes, ouviu o primeiro badalar do relógio apontando poucos minutos para o fim do encanto. O príncipe a segurou não querendo deixá-la ir sem ao menos saber seu nome, mas Cinderela relutou e finalmente conseguiu fugir faltando um minuto para o desencantamento. Na correria, deixou escorregar de seu delicado pé o sapatinho de cristal, achado pelo príncipe e que naquele momento decidiu ir a todas as casas do reino até encontrar a dona de tanto charme.
Muita beleza nessa parte, mas digamos que é apenas a única parte mantida em todas as versões conhecidas.

Cinderela
De casa em casa buscando a misteriosa dona de seu coração, finalmente, o príncipe chega a casa de Cinderela, que foi escondida por suas irmãs para que não provasse do tão famoso sapato de cristal. A Disney apontou apenas a frustração das moças ao tentarem, e sem sucesso, desistirem de calçá-lo. Mas como estamos falando de força de vontade, a mãe das donzelas diz que o sapato deve servir para uma delas. Para não desapontar a tão boazinha mãe, elas cortam partes de seus pés para que o pé 38 calce 35. 

Uma delas corta todos os dedos e a outra varia entre pedaços dos dedos e calcanhar. Tudo aparentemente muito fácil, a que mais se esforçou calçou o sapato. Mas o príncipe ao ir embora com a suposta misteriosa dama, já jurada de casamento, os pássaros amigos da injustiçada Gata Borralheira avisa o rapaz que no interior do sapato há muito sangue causado pelo machucado dos pés da farsante. E sendo assim, ele exige saber se há mais alguém na casa, e então, Cinderela aparece e finalmente calça os sapatos que pertencem a si mesma.
Poderiam terminar aí, com os ‘felizes para sempre’. Mas não! Como se não bastassem os cortes nos pés, que conseqüentemente as deixaram mancas, corvos e pássaros alimentaram-se de seus olhos invejosos, e vão assim ao grande e esperado casamento. Mancas e cegas.
Eu particularmente não imaginaria nada mais bizarro do que isso. E vocês, contariam essas histórias para seus filhos?




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