Classificação Serial Killers: Organizados e desorganizados
Medo

Classificação Serial Killers: Organizados e desorganizados


Serial Killer em ação

John Wayne Gacy matou mais de 30 garotos 
Serial Killers são assasinos que cometem uma série de homicidios com algum intervalo de tempo entre eles. Suas vítimas tem o mesmo perfil, a mesma faixa etaria, são escolhidas ao acaso e mortas sem razão aparente. Para criminosos desse tipo, as vítimas são objetos de sua fantasia. Infelizmente, eles só param de matar quando presos ou mortos.

O serial killer esfria entre um crime e outro, não conhece sua vítima, tem motivo psicologico para matar e necessidade de controle e dominação. Suas vitimas são vulneraveis, e a ação do assassino é independente da ação delas.

Começam a agir entre os 20 e 30 anos, escolhem vitimas mais fracas, que estão dentro de algum estereótipo, e levam uma lembrança ou trofel de cada assassinato cometido. Sentem-se superiores aos outros, acreditam ser muito espertos, tem autoconfiança e muitas vezes "jogam" com a policia


SERIAL KILLERS ORGANIZADOS  

Os serial killers organizados são seres solitários, porque se sentem superiores: ninguém é suficientemente bom para eles. São socialmente competentes e, muitas vezes, casados. Conseguem bons empregos porque passam confiança e são extremamente inteligentes. 
Ed Kemper foi o Serial Killer mais bem sucedido da história,
foi preso somente porque se entregou á policia após
assassinar aquela quem ele sempre fantasiou, sua própria mãe
Costumam retornar ao local do crime para acompanhar a investigação, são charmosos e carismaticos (toda regra tem sua excessão). planejam o crime com cuidado, carregam o material necessário para cumprir suas fantasias, interagem com a vitima e se gratificam com seu sofrimento. Deixam pouquissimas evidencias no local do crime, escondem ou queimam ocorpo da vitima e levam um pertence um pertence de quem matou como lembrança ou trofél.

SERIAL KILLERS DESORGANIZADOS

Os serial killers desorganizados tambem são solitarios, mas por serem estranhos, esquisitos. Sua desorganização é geral: com a casa, com o carro, com o trabalho, com a aparencia e com o estilo de vida. Não sao atléticos, são introvertidos e não tem condição de planejar um crime com eficiencia. De forma geral, agem por impulso e perto, usando as armas ou instrumentos encontrados no local de ação. É comum manterem um diário com anotações sobre suas atividades e vítimas, trocam de emprego frequentemente e tentam fazer carreira militar ou similar, mas não passam no teste.
Gary Heidnik manteve escravas em seu porão

É raro manter qualquer contato com a vítima anges do crime, agem de forma furiosa, gratificam-se com o estupro e a mutilação após a morte, nesse grupo, é comum encontrarmos canibais e necrofilos. 

Tem um minimo interesse na investigação sobre seus crimes e deixam muitas evidencias no local em que matam.

A CONEXÃO

Três elementos conectam os crimes em série: Modus operandi, ritual e assinatura.

O modus operandi assegura o sucesso do criminoso em sua empreitada, protege a sua identidade e garante a fuga. Mas encontrar o mesmo modus operandi em diversos crimes não é suficiente para conectá-los. O modo de agir e dinamico e vai se sofisticando conforme o aprendizado do criminoso e a experiencia adquirida com os crimes anteriores.

O ritual é o comportamento que excede o necessario para a execussão do crime. Baseia-se nas necessidades psicossexuais e é critico para a satisfação emocional do criminoso. Rituais são enraizados na fantasia do crime. e frequentemente envolvem parafilias, como cativeiro, escravidão, posicionamento do corpo e "overkill", entre outras. Pode ser ser constante ou não.

A assinatura é uma combinação de comportamentos, identificada pelo modus operandi e pelo ritual. Não se trata apenas de comportamentos inusitados. Muitas vezes o assassino se expõe a um alto risco para satisfazer todos os seus desejos, permanecendo muito no local do crime, por exemplo. Outras vezes, usa algum tipo de amarração especifica ou um roteiro de ações executadas pela vítima, como no caso de estupradores em série. Ferimentos especificos também são uma forma de assinar um crime.

NO BRASIL

Virginia de Souza é acusada de induzir a morte de mais de 100
pacientes, o Brasil é o único pais que não usou  o termo "serial
killer" ao se referir à médica que estampou as manchetes no
começo de 2013, nada foi dito sobre seu estado mental.
No Brasil a policia tem um enorme preconceito em aceitar a possibilidade de um serial killer estar em ação. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado, e as consequencias são nefastas. Em outros paises, com uma analise acurada do motivo ou da falta dele, do risco-vitima e risco-assassino, modus operandi, assinatura do crime e a reconstrução da sequencia dde atos cometidos pelo criminoso, o serial killer é caçado antes de cometer seus crimes. Quanto antes se reconhece que um assassino desse tipo está em ação, mais rapido se pode acionar psiquiatras e psicologos forenses , "profilers", e médicos legistas, que juntos podem fazer um perfil da pessoa procurada. Isso resulta na diminuição do número de suspeitos, no estabelecimento de estratégias eficientes de investigação, na busca de provas, no método de interrogação usado no suspeito para conseguir uma confissão, além de fornecer a promotoria um "insight" da possivel motivação do assassino.

O assassino em série sempre tem um importante aspecto comportamental em seus crimes: ele sempre os assina. A assinatura é única, como uma digital, e está ligada à necessidade psicológica do criminoso. Diferente do modus operandi, a assinatura de um serial killer nunca muda.

A policia civil deveria saber de tudo isso? Não, deveria poder contar com a ajuda de orgãos especializados em Ciências Forenses, existentes no Brasil, mas pouco incentivados e divulgados. Quando lidamos com crimes em série, o trabalho integrado de profissionais forenses deveria ser obrigatório.

Parace coisa de filme? Não, nós também temos serial killers. Afinal, a mente humana não obedece à fronteiras geograficas. 

Fonte: CASOY Ilana, Serial killer: Made in Brasil, 2ª edição, ARX, 2004





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