A Cripta dos Vampiros – Parte 05
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A Cripta dos Vampiros – Parte 05


Vamos conhecer um pouco mais sobre a anatomia vampírica...


Um Pouco Mais Sobre a Anatomia Vampírica

Vamos ver agora um pouco mais sobre os Vampiros (Anatomo-Fisiologia Vampírica):

Sangue

Desde os primórdios, o sangue representa, como ícone, o símbolo da vida. O sangue, correndo por nossas artérias e veias, sempre significaram a continuidade do viver. A perda deste em demasia significa a perda de consciência, respiração, movimentos e, por que não dizer, a vida. Cabe ainda dizer que apenas nos vivos este sangue flui. Nos mortos, tal sangue perde esta mobilidade e coagula, sendo mantido no próprio corpo durante a putrefação.

Durante toda história, o sangue possui algum significado na área religiosa e ou relacionada com sacrifícios. Por exemplo, na era pagã, os nossos antepassados utilizavam deste como sacrifício, provocando o seu derramamento para seus Deuses. Até mesmo hoje em dia o sangue ainda tem essa importância, basta referirmos a Igreja Católica onde, na Eucaristia, temos como representação o corpo e o “sangue” de Cristo. Assim sendo, parece apropriado que uma criatura, que é a antítese entre a vida e a morte, receba seu vigor e vitalidade de sangue oriundo de seres humanos.

Para o Vampiro, o ato de se alimentar do sangue é o seu viver, seu cotidiano, sua necessidade, 
independente da origem ou da cultura deste. Com o avanço dos tempos, e concomitantemente com a disponibilidade da tecnologia e medicina para as grandes massas, esta necessidade do sangue para o Vampiro sofreu suas modificações.

Em alguns livros, essa necessidade fora relacionada a quadros anêmicos, hipovolemia, entre outros. Até em Drácula, de Bram Stoker, temos como citação uma transfusão de sangue feita em Lucy, já em estado de transição para uma Vampira, no intuito de purificar seu sangue. Sangue é o que anima um Vampiro, o que dá a este sua vitalidade, sendo que pode ser oriundo de um animal ou mesmo de um ser humano. Para exercer qualquer movimento ou atitude, o Vampiro necessita deste, pois o coração o bombeia para a região que está em atividade. Devido a isso, sua voracidade em obter tal sangue pode ser relacionada a uma fera buscando sua presa. Anne Rice já dizia, em seus livros, que tal busca ao sangue pelo Vampiro funcionaria como uma maldição ou um Demônio que os faz agir de tal forma, tão impulsivo e tão violenta.

Presas

Como anteriormente citado, o Vampiro necessita obter sangue para sua sobrevivência. Sendo assim, fora observado e citado, em livros técnicos ou mesmo romances, a adaptação morfofisiológica para a obtenção deste sangue, que viria de uma adaptação em sua arcada dentária, com o alongamento de seus caninos, que podem ser projetados para que, assim, o Vampiro possuísse maior facilidade em atingir a veia jugular no pescoço de sua vítima. O sangue também pode ser obtido via artéria radial. Essa é a única função das temidas presas.

Unhas

Na História Antiga, acreditava-se que um dos sinais característicos em um corpo, se este era ou não um Vampiro, eram suas unhas. Acreditava-se que, com a entrada ao mundo vampírico, a criatura perdia suas antigas unhas e desenvolviam novas. Assim, corpos exumados em tal época apresentando unhas resistentes, mesmo o corpo inteiro sendo consumido pelo fogo, estas se apresentassem inteiras, estes sofriam logo a introdução de uma estaca em seu peito e eram colocados à luz do sol para serem queimados. Já nos tempos modernos, dois grandes literatos citaram modificações nas unhas vampíricas. Anne Rice citava seus dois famosos vampiros, Lestat e Louis, com modificações em suas unhas, sendo estas grossas, afiadas e opacas. Já em Drácula, Jonathan Harker cita as unhas de Drácula como sendo longas, finas e extremamente afiadas.

Cabelos

Na era medieval, não temos nenhum relato quanto aos cabelos de um Vampiro, porém Anne Rice cita em seus livros que, após o ingresso ao mundo vampírico, o Vampiro permanece com seu corte de cabelo, não crescendo mais e, mesmo se for cortado, retoma seu tamanho original.

Pele

Historicamente, a pele dos Vampiros era caracterizada como sendo escura e grossa, diferentemente dos dias de hoje, onde o Vampiro se apresenta em filmes e histórias com uma pele extremamente branca e fria. A idéia da pele Vampírica ser escura surgiu, primeiramente, com Paul Barber, que justificava tal fato dizendo que os Vampiros eram como corpos degradando em suas criptas, logo, deveriam se comportar da mesma forma.

Porém, nos dias de hoje, tal fato é extremamente combatido, pois se afirma que, por serem criaturas tipicamente noturnas, os Vampiros não chegam a ver a luz do sol, logo, não ocorre atividade de seus pigmentos responsáveis pelo escurecimento da pele e, como conseqüência, temos uma pele branca e suave. Pode-se também observar uma pele rosada em um Vampiro, oriunda de sangue novo correndo por seu corpo.

Anne Rice descreve a pele do Vampiro como sendo transparente, obtendo a mesma cor da pele do ser humano quando este se alimenta imediatamente de sangue, clareando aos poucos e voltando a sua tonalidade transparente após tal processo.

Lestat menciona, em diversos momentos, o uso de pó para deixar sua pele com a coloração próxima a de um ser humano. Mas os Vampiros geralmente canalizam sangue para a pele, para aquecê-la, como visto no filme "Entrevista Com o Vampiro", onde Lestat aquece sua pele naquela cena com a prostituta no quarto de hotel.

Coração e Cérebro

São os únicos órgãos ainda ativos em um Vampiro, sendo que os outros, por não serem usados, se atrofiam e perdem sua utilidade. O coração funciona como uma bomba, porém diferentemente do ser humano: não possui ritmos característicos. O coração de um Vampiro perde seu controle nervoso e seus marca-passos naturais não têm mais atividade. O coração só funciona se for necessária alguma movimentação, atitude ou reflexão. Para isto, ele é responsável por enviar o sangue apenas para área em uso. Assim, o gasto de sangue é muito menor e o consumo, conseqüentemente, também diminui. O cérebro funciona normalmente, como se o Vampiro estivesse vivo, mas absorve muito mais informações e num tempo muito menor.

Reprodução

Vampiros não se preocupam com a reprodução, pois não sentem prazer em fazer sexo. Para eles, o único prazer está em sugar o sangue de suas vítimas. Seus órgãos sexuais são atrofiados, mas eles conseguem utilizá-los quando preciso, para enganar suas vítimas.

A reprodução vampírica não se dá com membros da mesma espécie, e acontece de uma forma diferenciada. Primeiro, ele escolhe a dedo sua vítima. Depois de estudá-la muito, o Vampiro a ataca, sugando todo o sangue de seu corpo. Após a vítima estar à beira da morte, o Vampiro a alimenta com seu sangue vampírico que, aos poucos, vai tomando o corpo da vítima. Imediatamente, a vítima precisa se alimentar e, ao fazer isso, o sangue vampírico dentro dela torna-se cada vez mais forte, transformando-o por completo.

A relação sexual com gravidez até pode ocorrer, mas somente ocorre quando um Vampiro do sexo masculino se relaciona com um ser humano. Esta mulher vai conseguir captar o líquido seminal deste Vampiro e desenvolver uma gestação normal, porém, seu filho terá algumas características diferenciadas, como sentir aonde os Vampiros se escondem, saber diferenciar um ser humano de um Vampiro, força extremamente grande, agilidade, entre outras...

Tais características são transmitidas geneticamente, geração a geração, podendo estes se transformar em exímios caçadores de Vampiros. Tal reprodução já era relatada desde a idade média, onde se acreditava que os Vampiros se aproveitavam de sua sensualidade e força para possuir mulheres como amantes. Mas atenção: somente Vampiros muito antigos (1000 anos ou mais) e mais poderosos conseguem se reproduzir e, mesmo assim, nem todos têm êxito.

Uma curiosidade interessante é o fato dos Vampiros serem imunes a doenças. Apesar de relatos sobre Vampiros que ficaram doentes e deixarem de existir, essas doenças são vampíricas e desconhecidas pelos humanos. As doenças normais não os afetam, pelo menos, não mortalmente.

Continua...

Walacionil Wosch



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